Haas aumenta integração entre F1 e NASCAR; veja casos

Nesta semana duas das categorias que mais prendem a atenção do fã do automobilismo intensificaram sua integração. Romain Grosjean reiterou seu interesse em fazer uma prova pela NASCAR Sprint Cup - provavelmente no misto de Watkins Glen - e Kurt Busch confirmou visita ao GP da Europa, que será realizado em Baku, no Azerbaijão, no dia 19 de junho, quando a categoria dos Stock Cars estará de folga.

Em ambos os casos há o link da Haas F1 e da Stewart-Haas, times comandados por Gene Haas, na F1 e NASCAR, respectivamente. O interesse nos dois mundos não é recente. Ela vai desde a não comemoração de Dale Earnhardt da vitória de Talladega, no dia 1°de maio de 1994, quando o mundo lamentou a morte de Ayrton Senna, na estilização do número #3 de Daniel Ricciardo, que lembra a do "Intimidador", nas "trocas" de assentos entre Jeff Gordon e Juan Pablo Montoya, quando o colombiano ainda era uma estrela da F1 e também entre Lewis Hamilton e Tony Stewart, promovida por um patrocinado em comum.

O piloto da Mercedes, inclusive, já declarou por mais de uma vez que gostaria de correr nos Estados Unidos, além de visitar eventos, como a grande final da Sprint Cup em Homestead, prova que definiu o campeonato e marcou a despedida de Gordon.

Neste ano, Dale Earnhardt Jr., o piloto mais popular da NASCAR, declarou em seu Twitter que abriria as portas a Ricciardo, caso ele queira experimentar um de seus carros na Xfinity Series - considerada a segunda divisão da categoria em que é proprietário de equipe.

Recentemente Fernando Alonso foi a Pocono assistir uma prova da categoria.

Haas propulsora

A integração entre pilotos pode ser considerado algo normal hoje, até pela facilidade de comunicação, por meio das redes sociais. Mas a equipe que fez a estreia na F1 este ano é a que mais tenta incrementar essa integração.

Para Nelsinho Piquet, que já esteve dos dois lados e, portanto, conhece os dois mundos muito bem, exalta que as ações dos dois times atende somente o lado promocional.

"Creio que o único motivo que faz isso acontecer hoje é que tem uma organização como a Haas nas duas categorias. E aí, vão querer mostrar esse intercâmbio de pilotos de maneira promocional", disse Piquet com exclusividade ao Motorsport.com.

"Mas acho que isso nunca vai acontecer, do Kurt Busch andar de F1, até mesmo porque ele não tem superlicença. E acho que o Grosjean vai sofrer se for se aventurar na NASCAR, porque não tem noção do que é um stock car."

"Imagino que ele não confirmou nada até agora na Nascar por receio de não corresponder com um desempenho expressivo. Se ele realmente quisesse correr, acho que a Haas já teria viabilizado. Mas imagino que ele está em dúvida porque tem o risco de acabar ficando feio pra ele."

"Claro, obviamente estamos falando das duas maiores categorias do mundo. Então automaticamente tem essa troca de “ego”. Mas não passa muito de um aspecto promocional."

"A única exceção realmente foi o Montoya, que teve coragem de enfrentar o desafio porque ele, de fato, é muito bom." 

Photo by: Eric Gilbert

Montoya curtiu e foi

Neste sábado uma das trocas, a que envolveu Jeff Gordon e Juan Pablo Montoya completa exatos 13 anos. Em 11 de junho de 2003, no misto de Indianápolis, os dois pilotos trocaram experiências. O colombiano em um carro da Hendrick Motorsports e o norte-americano guiando uma Williams.

Na próxima semana serão cinco anos da troca entre Lewis Hamilton e Tony Stewart, um com a McLaren e outro já com o carro da Stewart-Haas.

Confira como foram os dois eventos

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