Renault revela plano para ex-funcionário da FIA em 2018
Cyril Abiteboul explica função de Marcin Budkoswki e diz que espera que novo contratado ajude a “construir a equipe de F1 perfeita do século XXI”
A Renault revelou detalhes do cargo que planeja dar a Marcin Budkowski, ex-diretor técnico da FIA, contratado pela equipe de forma polêmica para a temporada de 2018 da F1.
Depois de protestos de outras equipes que diziam que Budkowski poderia levar seus segredos à Renault, já que ele tinha acesso aos desenvolvimentos futuros dos times em sua posição na FIA, a Renault concordou em adiar a chegada do novo funcionário ao dia 1º de abril.
A Renault insiste que Budkowski não estará envolvido no desenvolvimento do chassi de 2018até essa data, mas afirmou que ele entrou na folha de pagamentos da equipe em janeiro, quando começará a trabalhar no aprendizado das outras atividades da Renault no automobilismo e de sua estrutura corporativa.
O chefe da Renault, Cyril Abiteboul, afirmou que entende os temores das equipes rivais quanto à posição de Budkowski, mas insistiu que o ex-funcionário da FIA não foi contratado simplesmente para ajudar a Renault a copiar suas ideias para o carro de 2018.
“Eu consigo entender o ceticismo das equipes, mas não estamos contratando alguém do calibre de Marcin para uma posição de diretor executivo apenas por aquilo que ele sabe das outras equipes”, disse Abiteboul ao Motorsport.com, acrescentando que acredita que a Renault entrou em acordo com a FIA quanto ao cargo de Budkowski para que seja “extremamente justo com todos”.
“Estamos o contratando por sua capacidade, sua experiência, suas habilidades. Ele é alguém com um currículo fantástico, fora também da F1, e é uma peça perfeita para construir o próxima fase da Renault na F1.”
“Não estamos interessados nos segredos dos outros carros, e acho que uma boa demonstração disso é o fato de que simplesmente aceitamos deixá-lo fora do desenvolvimento do chassi até abril.”
“A situação é que ele estará em nossa folha de pagamentos a partir de janeiro, mas não estará envolvido em qualquer desenvolvimento do chassi de F1. Ele estará envolvido em trabalhos fora da F1, focando nas várias outras categorias que estamos fazendo.”
“Eu preciso também que ele entenda a organização da Renault de forma mais ampla. Há um processo de aclimatação antes de que ele possa focar no desenvolvimento do chassi, e ele fará a atividade operacional a partir de abril.”
Foco no planejamento em longo prazo
Abiteboul afirmou que a principal responsabilidade de Budkowski será em complementar a estrutura técnica existente, já que a Renault quer que ele se concentre na forma com que a equipe se organize para dar o próximo passo rumo à disputa pelo título.
Isso deixa os atuais diretores técnicos, Nick Chester, Bob Bell e Remi Taffin, livres para se concentrar na performance do atual carro.
“Estou interessado em ver Marcin nos levando ao próximo nível. O trabalho de Marcin é basicamente transformar Enstone de uma postulante forte do pelotão intermediário a uma equipe de ponta”, acrescentou Abiteboul.
“Marcin estará focado em construir a organização e a operação para assegurar que estamos alinhados com nossa ambição para 2020-2021, quando queremos começar a lutar pelo título.”
“Quero que Marcin construa a equipe perfeita da F1 do século XXI.”
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