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Smedley critica carros atuais da F1: "fáceis de guiar"

Chefe de desempenho da Williams diz que com os carros de hoje não é possível ver diferença entre pilotos bons e ruins

Rob Smedley, Williams
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance in the FIA Press Conference
Valtteri Bottas, Williams FW37
Felipe Massa, Williams FW37
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance in the FIA Press Conference
Valtteri Bottas, Williams FW37
Felipe Massa, Williams FW37
Rob Smedley, Williams F1

Os carros atuais da Fórmula 1 não são bem vistos por muitos ligados ao esporte. Lentos e pouco desafiadores, os bólidos são alvo de crítica  - tanto que a categoria promoverá mudanças técnicas para 2017 e prevê carros cerca de cinco segundos por volta mais velozes.

Rob Smedley, chefe de desempenho da Williams, engrossou o coro dos que criticam a geração atual dos carros de F1, dizendo que os monopostos atuais não proporcionam dificuldades para os pilotos.

"Os carros são significativamente mais fáceis de guiar, sem dúvida. Olhando pelo ponto de vista do esporte e do entretenimento, se os carros são mais fáceis de pilotar então talvez não vejamos a diferença entre um piloto muito talentoso e um medíocre", disse, em entrevista ao site F1i.com.

"As freadas são mais longas, as velocidades de curva são menores e as técnicas são mais simples. O ponto não é se isso é bom ou ruim, o que deveríamos questionar é se estamos vendo a diferença de performance entre os pilotos - que deveríamos ver", afirmou.

No entanto, Smedley destacou que as unidades de potência atuais exigem muito do piloto enquanto ele está na pista, em termos de ajustes e gerenciamento. Isso, segundo ele, acontece não só nos carros da Williams, mas no das outras equipes também.

"Em termos do que os pilotos precisam fazer de dentro do carro, as unidades de potência são extremamente complicadas de se gerenciar. Isso não se aplica somente à Mercedes, mas também para os motores de Renault e Ferrari", disse.

"Se você acompanhar a prova somente pela câmera onboard, você verá que os pilotos recebem inúmeras mensagens de rádio durante a prova e têm que mudar os ajustes o tempo todo. Por esse ponto de vista, talvez a pilotagem se torne um pouco mais complicada", completou.

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