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Categoria feminina divide opiniões entre pilotos mulheres

Nova W Series, que usará monopostos da F3 a partir de 2019, causou reações de todos os tipos entre pilotos mulheres

Pippa Mann, Dale Coyne Racing Honda

Pippa Mann, Dale Coyne Racing Honda

Scott R LePage / Motorsport Images

A W Series, novo campeonato internacional de monopostos feminino deverá ser lançado no próximo ano com o objetivo de ajudar as mulheres no seu caminho para a Fórmula 1. Com David Coulthard e Adrian Newey entre seus promotores, a categoria unicamente feminina se baseará em monopostos da Fórmula 3 (Tatuus T-318 ) com motor de 270 cv e caixa de câmbio de seis velocidades semiautomática.

A chegada da categoria dividiu opiniões dos pilotos que estão atualmente em atividade e lutando cara a cara com seus colegas do sexo masculino.

Para Cristina Gutiérrez, que disputou e completou duas edições doo Rally Dakar consecutivas, a categoria é "um pouco contraditória" e a espanhola prefere competir "de igual para igual" com os homens, como ela sempre fez.

"Minha opinião sobre a nova W Series, que vai permitir a participação única e exclusivamente feminina, é que é um pouco contraditória. Honestamente, na minha modalidade eu sempre amei competir contra os homens e a vejo que somos capazes de lutar de igual para igual com eles e eles conosco", garantiu ao Motorsport.com.

"Se as pessoas que realmente sabem disso consideram que isso vai promover o esporte feminino no automobilismo, sigam em frente. Mas a minha opinião é bem clara. Eu não gostaria de nos dividissem, porque isso é um sintoma de separação, não de igualdade. Espero que continuemos competindo contra eles e que continuemos fazendo história, como Laia Sanz e Jutta Kleinschmidt fizeram competindo contra os homens".

Por outro lado, Alice Powell, campeã da Fórmula Renault e ex-piloto da GP3, garante. "Subir a pirâmide do automobilismo sempre foi difícil para todos, mas talvez ainda mais para as mulheres. A W Series, que oferecerá a chance de correr de graça com um prêmio final para um número seleto de mulheres, é uma coisa muito positiva."

"É também um meio importante para um fim: um trampolim para mulheres pilotos em suas trajetórias, desde as fórmulas mais baixas até as mais importantes categorias de monopostos, levando consigo as habilidades que aprenderam na W Series."

Pippa Mann, a mais dura de todas, assegurou em suas redes sociais: "Que dia triste para o motor. Aqueles com dinheiro para ajudar as mulheres pilotos estão escolhendo segregar, em vez de apoiá-las. Estou profundamente decepcionada porque este histórico passo para trás tenha lugar no meu tempo".

A jovem Sophia Floersch, piloto da FIA F3 com Van Amersfoort, acrescentou em suas redes sociais: "Eu concordo com os argumentos, mas discordo totalmente da solução. As mulheres precisam de apoio de longo prazo e confiança dos patrocinadores. Quero competir com os melhores do nosso esporte. Por favor, compará-la com a economia? Precisamos separar as mulheres nos conselhos de administração ou nas diretrizes? Caminho equivocado.”

Tatiana Calderón, a figura feminina que está mais próxima da F1, no papel de piloto de desenvolvimento da Sauber e da GP3 na DAMS, disse: "Estou correndo há mais de uma década em diferentes categorias, como Fórmula 3, GP3, World Series, entre outras, sempre sendo uma minoria, então eu sei como é difícil para as mulheres terem as mesmas oportunidades e progredirem em suas carreiras. Espero que essa categoria ajude a criá-las para algumas jovens promessas e que permita às melhores provarem que podemos competir no mesmo nível que os homens".

Em vez disso, Stéphane Kox, piloto de GT, disse: "A W Series soa como uma nova entrada positiva para o mundo do motor, e, claramente, é um grande passo para as pilotos mulheres ambiciosas atuarem em todo o mundo. Depois de conversar com a organização da W Series, ficou claro que eles entendem que as mulheres aspiram competir".

"De minha parte, quero ser um piloto de corrida no nível mais alto possível e ser capaz de competir contra os melhores homens e mulheres, e para isso, é importante que possamos primeiro ganhar o tipo de experiência que a W Series oferecerá".

Informação adicional de Jonathan Noble

Tatiana Calderon, Motorsport.com piloto columnista

Tatiana Calderon, Motorsport.com piloto columnista

Foto de: Tatiana Calderon

Tatiana Calderón y Paula Calderón

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Foto de: DPPI

Tatiana Calderón, Michèle Mouton

Tatiana Calderón, Michèle Mouton

Foto de: DPPI

Tatiana Calderón, Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Director de Motorsport

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Foto de: DPPI

Bio Engineering Center MSi, Madrid

Bio Engineering Center MSi, Madrid

Sophia Floersch, BWT Mucke Motorsport

Sophia Floersch, BWT Mucke Motorsport

Foto de: acisportitalia.it

Cristina Gutiérrez, Mónica Plaza, Sodicars

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Foto de: Baja Aragón

Susie Wolff

Susie Wolff

Vittoria Piria, Stefan Wilson, Electric GT Championship

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Alice Powell

Alice Powell

Foto de: MRF Racing

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