Chilton acredita na Nissan e não tem saudades da Manor
Max Chilton passa por um ano que descreve como "muito estranho" em sua carreira
Depois de duas temporadas completas na Marussia (hoje Manor), Max Chilton mudou seu foco. Ele está competindo em provas da Indy Lights em 2015, conseguindo dois pódios, e agora se prepara para a sua primeira 24 Horas de Le Mans, num protótipo da Nissan.
"Tive a sorte de ter conseguido correr um GP de Mônaco na minha carreira e esta é uma prova que também sempre quis participar", declarou Chilton ao Motorsport.com.
Chilton terá uma batalha difícil. Mesmo sua classe sendo a LM P1, seu time terá que começar no fim do pelotão da LM P2, já que seu Nissan não conseguiu ficar dentro dos 110% do tempo do pole position. Neste fim de semana o piloto inglês vai encarar muitas novidades, mas a principal é correr no escuro. Descer a reta Mulsanne é um desafio diferente do que correr no Bahrain ou em Cingapura na Fórmula 1.
"As corridas noturnas da Fórmula 1 são tão iluminadas, que ela se iguala à luz do dia. Aqui, se você não tiver carros ao seu redor, não há nenhuma outra luz a não ser a do seu próprio veículo. É extremamente difícil de se acostumar, por isso os treinos são tão importantes", concluiu.
Quanto ao seu Nissan, Chilton "vestiu a camisa" da empresa: "É um grande projeto. Estamos desenvolvendo ao máximo o design no automobilismo. Há muitos céticos lá fora, mas eu acredito nisso. Acho que este ano será difícil porque estamos tentando algo novo. No longo prazo, tudo vai funcionar. No próximo ano vamos conseguir desenvolver mais velocidade, mas o foco principal deste ano é mostrar como nosso conceito é viável."
"Este é uma ano muito estranho para mim", declarou o piloto de 24 anos. "Normalmente me planejo com um ano de antecedência, coisa que não estou fazendo agora. Nos Estados Unidos tenho trabalhado com a Carlin, minha equipe na Indy Lights. É ótimo correr num monoposto de novo. Não sei o que será do futuro, mas também gosto de vir aqui e é ótimo fazer parte da Nissan."
Ao Motorsport, Chilton revela que o nível da Indy Lights estaria entre a GP2 e GP3, mas que necessita ter um grid de pelo menos 30 carros, não de 12.
Sobre a Manor
Olhando para trás, do que resta de sua antiga equipe na Fórmula 1, Chilton mostrou sua alegria em ver que o time conseguiu sobreviver e se manter funcionando: "É bom ver que eles continuam. Eu sei quanto trabalho duro eles têm feito ao longo desses cinco anos. Eu sei que eles continuam lutando."
E finalizou: "Estou muito feliz em não participar mais, porque este é o lugar que eu realmente tenho que estar. Obviamente, espero um dia poder voltar à Fórmula 1, mas eu quero estar num carro em que eu possa mostrar todo o meu potencial."
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