Burgess: Rossi só volta a ser campeão se "vencer corridas"
Jeremy Burgess, ex-chefe de mecânicos de Valentino Rossi, vê italiano em dificuldades para chegar ao décimo título mundial e que piloto não perdeu título de 2015 nas últimas corridas, mas porque não venceu o suficiente
Valentino Rossi precisa vencer mais corridas se quiser chegar ao décimo título no Mundial de Motovelocidade. Quem crava é Jeremy Burgess, ex-chefe de mecânicos do italiano nas sete conquistas de Rossi na categoria principal - o primeiro, nas 500cc, e os outros seis na MotoGP.
No fim de 2013, o primeiro do italiano no retorno à Yamaha, Rossi se desligou de Burgess e contratou Silvano Galbusera, que ocupa o cargo até hoje.
Burgess esteve em Phillip Island no último final de semana para colaborar com a organização da prova em alguns aspectos e conversou com o Motorsport.com, abordando o momento atual do campeonato.
Uma vez aposentado, Burgess revela que leva uma vida tranquila após ter trabalhado com nomes como Rossi, Freddie Spencer, Wayne Gardner e Mick Doohan. "Passo o dia jogando golfe ou tênis e vejo as corridas pela televisão", disse.
O australiano é, provavelmente, uma das vozes com mais propriedade para comentar a trajetória de Rossi nos últimos tempos e para falar sobre assuntos gerais, como o tricampeonato de Marc Márquez.
“Valentino pode não ser o mais rápido em uma volta, mas segue sendo um dos mais fortes nas corridas. É verdade que ele não voltou a ser campeão, mas chegou muito perto em 2015. Do meu ponto de vista - e diferente do que muitos pensam - ele não perdeu aquele título nas últimas três corridas, mas muito antes", afirmou.
"Ele fixou como objetivo acumular pódios e assim abordou as corridas, mas hoje isso não é suficiente para ser campeão, é preciso vencer corridas", acrescentou Burgess, que se mostrou surpreso com a quantidade de erros cometidos pelo italiano neste ano, sobretudo os que levaram Rossi ao chão em algumas etapas.
“Vale cometeu muitos erros neste ano. Chamaram a minha atenção os da Holanda e do Japão. O de Assen é muito raro, pois ele não costuma cair quando está na liderança", disse, para em seguida comentar um aspecto no qual a idade, pelo menos na visão de Burgess, começa a pesar negativamente para Rossi.
“Marc é capaz de salvar as quedas porque é muito ágil. Valentino, com o passar do tempo, tem ficado mais lento em relação aos reflexos", completou.
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