Audiência da NASCAR na TV cai, mas categoria pode comemorar
Se por um lado os números da Fox apresentam queda em comparação a 2016, outros meios de audiência apresentam aumento
O dito popular sempre aponta duas formas de se ver um copo d'água que está semi preenchido: meio cheio ou meio vazio. É neste quadro que se encontra a NASCAR, a maior categoria do automobilismo norte-americano.
A Fox nos Estados Unidos, que transmitiu as provas desde Daytona, na abertura do campeonato, até a etapa de Sonoma, há três semanas, apresentou o relatório de audiência, que em 2017 teve média de 5.5 milhões de telespectadores por prova, excluindo as corridas com atrasos por causa da chuva. São 10% a menos em relação aos índices de 2016.
Se esses dados fossem mostrados há dez anos, certamente poderíamos decretar uma crise sem precedentes, mas em 2017, com o crescimento incessante dos meios digitais, Brian France pode até ensaiar um leve sorriso, quando outros números são demonstrados.
A NASCAR foi o primeiro ou segundo evento esportivo mais visto dos Estados Unidos em 13 dos 16 fins de semanas em que a Fox ou Fox Sports esteve na transmissão. Em relação ao site e aplicativos que de alguma maneira transmitem informações sobre as corridas, houve um crescimento de 30% em número de acessos, se compararmos com 2016.
Ao mesmo tempo, a análise de Neal Pilson, ex-presidente da CBS Sports, pode fazer com que os France abram uma cerveja gelada (ou uma lata de energético que patrocina a Cup) em relação ao sucesso do interesse da categoria para quem investe nela.
"A audiência (de TV) da NASCAR não pode ser medida sozinha. Estamos vendo uma diminuição da audiência em todos os esportes. A cobertura da NASCAR continua sendo a mais efetiva e eficiente para os patrocinadores.", disse Pilson ao Sports Business Daily.
Os tempos mudaram e índices de audiência televisiva não têm mais o mesmo peso em comparação à década passada, apesar de ainda ter grande relevância. Números dos meios digitais também devem nortear qualquer análise sobre o sucesso ou derrocada de um esporte. O fato é que o mercado necessita de um coeficiente numérico que seja de fácil leitura para o entendimento do grande público e de quem coloca dinheiro no evento.
Por outro lado, a festa de quem comanda a NASCAR só não pode ser completa pelo fato de em muitas provas, as arquibancadas ainda não estarem completamente preenchidas, como era costumeiro ver até a metade dos anos 2000.
Muitos circuitos diminuíram de capacidade e mesmo com o piloto mais popular da categoria anunciando aposentadoria ao término do atual campeonato, e com os fãs podendo vê-lo em ação pela última vez, muitos assentos permanecem vagos.
É certo que as opções de um jovem fã de esportes são inúmeras em 2017, se compararmos com a década passada, mas o sinal amarelo precisa ser ligado, para que o cenários das corridas não sejam prejudicados e o caixa dos envolvidos reduzido.
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