25 anos: Senna conquistava sua 41ª e última vitória na F1
Relembre prova na qual brasileiro conquistou pole heroica e se despediu da McLaren em grande estilo
Para muitos, a temporada de 1993 é um marco na carreira do brasileiro Ayrton Senna. Sem o melhor carro do grid (embora a McLaren tivesse um equipamento competente) e com um motor Ford versão cliente (abaixo do Ford usado pela Benetton) o brasileiro fez algumas de suas melhores corridas na carreira.
O GP da Austrália, disputado há exatos 25 anos, foi uma dessas provas. Vindo de sua 40ª vitória na carreira no Japão, Senna chegou à Austrália decidido a fazer uma boa corrida após ter confirmado dois GPs antes - logo depois da prova de Portugal, em Estoril - que iria para a Williams na temporada seguinte.
Já no sábado em Adelaide, Senna conquistou a 62ª pole position de sua carreira de maneira heroica. Com o rádio de seu carro apresentando problemas, ele não foi aos boxes em um momento que seu time lhe pediu. Com a McLaren temendo uma pane seca, foi sinalizado ao brasileiro na reta dos boxes para entrar nos boxes. No entanto, apesar do pânico, aquela volta – com apenas o ‘cheiro’ da gasolina – foi a mais veloz de Ayrton naquela classificação, fazendo a McLaren cravar sua primeira e única pole daquele ano, acabando com uma supremacia da Williams de 24 provas (desde o próprio Senna, no Canadá em 1992).
Ayrton Senna, McLaren MP4/8
Photo by: Sutton Images
Na corrida, o brasileiro fez mais uma de suas grandes atuações. Em uma pista não tão dependente do desempenho do motor, o piloto conseguiu equilibrar no braço a desvantagem de sua McLaren frente às Williams de Alain Prost (tetracampeão naquele e fazendo sua última corrida) e de Damon Hill.
Depois de duas largadas canceladas – culpa de Ukyo Katayama da Tyrrell e Eddie Irvine da Jordan, que deixaram seus motores morrerem – a corrida iniciou com Senna à frente e abrindo aos poucos nas primeiras voltas. O piloto dava a impressão de ter uma pequena margem frente ao resto.
Ele parou nos pits pela primeira vez na volta 24, cedendo a liderança a Prost até a volta 28, quando o francês foi aos boxes também. A partir daí, Senna não foi mais incomodado por ninguém. Quando realizou seu segundo pit, na volta 55, as Williams já haviam parado e já duelavam entre si pelo lugar do meio do pódio.
No entanto, na volta 61 Hill acabou rodando atrás de Prost no hairpin após a reta Brabham. Porém, com uma boa distância para as Ferraris de Jean Alesi e Gerhard Berger, em quarto e quinto lugares, ele retornou à prova ainda em terceiro.
Na volta 75, Senna confirmou sua 41ª e última vitória na carreira em sua despedida da McLaren. Com o rival Prost encerrando a carreira em segundo, Senna iniciou seu processo de aproximação pessoal do francês, o abraçando antes do pódio e o puxando para o primeiro lugar durante a cerimônia em sinal de reverência à grande carreira e aos duelos na pista.
Aquilo foi o início de uma amizade que durou e se intensificou até maio do ano seguinte, quando o brasileiro acabou falecendo durante o GP de San Marino.
Ainda naquele dia, em um show após a prova, a cantora Tina Turner ofereceu ao brasileiro, que assistia a apresentação do palco, a música “Simply the Best” (Simplesmente o Melhor) à frente da audiência australiana. Apenas um de tantos fatos que fazem o GP da Austrália de 1993 um marco na história do esporte e de Ayrton Senna.
O fim de uma era na Fórmula 1.
World Champion Alain Prost, Williams, and race winner Ayrton Senna, McLaren, during the post race press conference
Photo by: LAT Images
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