Análise
Fórmula 1 GP da Espanha

Análise técnica: novidades da Ferrari para a SF16-H

As esperanças de vitória ferrarista na Catalunha foram por água abaixo com uma classificação ruim, mas o time de Maranello apresentou novidades no carro e o ritmo de corrida foi forte, o que coloca mais pressão sobre a Mercedes

Ferrari SF16H brake duct, Barcelona

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Para o GP da Espanha, a Ferrari introduziu uma série de novidades para tentar reduzir a diferença em relação à Mercedes. As modificações na SF16-H se estenderam por todo o carro para a prova no circuito da Catalunha. Confira:

Duto dos freios dianteiros

Ferrari SF16-H front detail
Detalhe da dianteira da Ferrari SF16-H

Foto: Giorgio Piola

A Brembo, fornecedora de material de freios da Ferrari, classifica a pista de Barcelona no nível 'médio' em relação às exigências para os freios - visão compartilhada pela equipe italiana, que utilizou discos com 850 orifícios de refrigeração ao invés de utilizar o modelo com 1250.

Além disso, ainda houve uma preocupação em melhorar a performance nesta área, com um cubo assimétrico, que tinha como objetivo irradiar o calor gerado pelos freios para as rodas e para os pneus de maneira diferente, buscando maior eficiência.

Ferrari SF16H brake duct, Barcelona
Duto de freio da Ferrari SF16-H para Barcelona

Foto: Giorgio Piola

Na dianteira da SF16-H, um novo duto foi introduzido. Embora pareça lógico que a peça tenha sido introduzida para melhorar a refrigeração dos freios, como se vê na imagem acima, parece que a novidade foca em direcionar mais fluxo de ar para as pequenas aletas instaladas no cubo da roda.

Estas aletas são utilizadas para direcionar e moldar o ar que passa pelos pneus. Ao modificar o fluxo, há uma melhora na performance e redução do esforço na asa dianteira para direcionar o ar que passa pelos pneus.

Sidepods

Ferrari SF16-H detail
Detalhe da Ferrari SF16-H

Foto: Giorgio Piola

Para a etapa na Espanha, as dimensões das entradas de ar laterais foram reduzidas, como se vê pelo tamanho da faixa amarela (em detalhe, a especificação antiga). A equipe já estava satisfeita com a maneira como tinha lidado com a refrigeração nas corridas anteriores e então resolveu buscar ganhos aerodinâmicos.

Ferrari SF16-H detail
Detalhe da Ferrari SF16-H

Foto: XPB Images

A diminuição e modificação da geometria das entradas de ar indica que os sidepods podem ser otimizados, melhorando o direcionamento do fluxo de ar para a traseira do carro, o que tem impacto positivo na performance do assoalho e do difusor traseiro.

Asa traseira e 'monkey seat'

A asa traseira também foi modificada para a etapa da Espanha - a nova peça foi rapidamente testada em Sochi, mas um problema com o mecanismo do DRS impediu que o trabalho seguisse em frente.

Ferrari SF16-H detail
Detalhe da Ferrari SF16-H

Foto: Giorgio Piola

As mudanças na base e nos flaps buscam gerar mais downforce. Além disso, a Ferrari acrescentou um 'monkey seat' logo acima da saída do escapamento, que direciona mais fluxo de ar para a asa traseira.

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