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Bianchi tentou evitar acidente, diz FIA, que estuda medidas preventivas

Diretor de provas e presidente da federação internacional deram primeiras explicações sobre batida de domingo

A Federação Internacional de Automobilismo deu as primeiras explicações oficiais sobre o acidente de Jules Bianchi no GP do Japão e detalhou as medidas que estão sendo estudadas para prevenir colisões do mesmo tipo no futuro.

Bianchi segue internado em estado crítico e sofre risco de morte após perder o controle de sua Marussia sob chuva em Suzuka, no domingo, e colidir com um trator que fazia a remoção do carro que Adrian Sutil, que havia aquaplanado minutos antes.

[publicidade] Após estudar as imagens e a telemetria do carro de Bianchi, a FIA concluiu que o francês reduziu a velocidade na área em que eram mostradas bandeiras amarelas duplas, seguindo o regulamento. Porém, não foi o suficiente para controlar a Marussia na pista molhada. O carro escapou de traseira, Bianchi tentou corrigir, mas ainda assim seguiu reto na curva Dunlop.

O diretor de provas da categoria, Charlie Whiting, entregou relatório sobre o acidente ao presidente da FIA, Jean Todt, que prometeu formar um painel para estudar as melhores medidas de prevenção.

Entre as medidas em pauta, estarão métodos de certificar que a diminuição de velocidade dos pilotos em bandeiras amarelas seja mais significativa, a colocação de ‘saias’ nos carros de serviço que entram na pista para, no caso de uma batida, os danos sejam menores do que no caso de Bianchi, entre outras.“Há algumas coisas para serem aprendidas. Queremos contar com todas as equipes e pilotos para assegurar-nos que tenhamos ideias boas e bem pensadas”, salientou Whiting, que ocupa o cargo de delegado técnico da FIA desde 1988 e é diretor de corridas desde 1997.

“É provavelmente melhor tirar a decisão de desacelerar dos pilotos, ter um sistema em que fique claro para todos o quanto se deve desacelerar [sob bandeira amarela]”, propõe o britânico, que explicou que, atualmente, cada piloto julga o quanto deve tirar o pé, causando discrepâncias.

Para discutir a imposição de um limite de velocidade, Whiting se reunirá com as equipes hoje. “Isso teria o mesmo efeito de um Safety Car porque, se todos tirarem o pé do mesmo jeito, as posições se manteriam.” 

Falando a respeito do incidente, Whiting explicou que havia sido acordado antes da prova que, se o helicóptero não pudesse levantar voo devido às condições, a ambulância seria utilizada, pois o hospital era próximo. Segundo o britânico, Bianchi chegou ao hospital 32 minutos após ser retirado do carro, mesmo sendo levado de ambulância.
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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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