Brawn destaca corte de gastos e relevância dos motores de 2014
Chefe da Mercedes afirma que novidade aproxima a F-1 da realidade da indústria automobilística
De olhoo nos avanços da indústria automobilística no sentido de se tornar mais “verde”, a F-1 promete uma revolução nos motores. Depois de muita briga entre os fabricantes e a FIA nos bastidores, na semana passada saiu a decisão de que motores V6 farão sua estreia em 2014 – diferentemente dos V4 prometidos inicialmente para 2013.
“Acho que há várias considerações a fazer quando se muda o motor da F-1 e, obviamente, a indústria automobilística está mudando. A grande questão é o quão relevantes ou relutantes podemos ser”, definiu Ross Brawn.
Para o chefe da Mercedes, é importante que o novo motor caminhe na mesma direção que a indústria automobilística.
“Não queremos nos tornar dinossauros em cinco ou dez anos e vejo que a tecnologia com a qual estamos trabalhando nesses novos motores são as mesmas que serão usadas nos carros de rua no futuro: compactos, turbo, injeção direta, sistemas especiais de Kers. Essa é a tecnologia que será utilizada, e não os atuais V8 aspirados.”
O dirigente garantiu que a diminuição significativa do consumo de combustível continua sendo uma das prioridades, mesmo após o ajuste nas mudanças.
“Estamos mantendo os mesmos objetivos de eficiência que tínhamos com o V4, então provavelmente será mais desafiador com o V6. Uma das metas é diminuir o consumo nos anos seguintes, o que creio ser um desafio muito interessante. O que não queremos é uma pane seca na última volta. Queremos eficiência mensurada de combustível, correr com misturas ricas de motor e controlá-las de uma maneira que tenhamos corridas interessantes.”
Brawn revelou ainda que o conceito de corte de gastos que está em vigor desde 2010 na construção de chassis e nos gastos das equipes está sendo transferido para os motores.
“A FIA está trabalhando com os fabricantes para determinar um custo para desenhar, construir e desenvolver o motor. Essa é uma iniciativa muito importante para encorajar novos fabricantes a entrar na modalidade, porque eles farão isso por um preço definido e não gastarão mais do que o previsto. Eles vão ter de ser mais espertos que os outros com a mesma quantidade de dinheiro.”
O inglês não acredita que os fabricantes voltem atrás na decisão.
“Estou confiante de que esse é o resultado final. Acho que a ideia inicial não teve o consenso completo. Todos os fabricantes de motores que hoje estão na categoria assinaram um acordo que indica que esse é o motor que teremos no futuro. É o máximo que podemos fazer.”
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