Calendário recorde é pesado para equipes, alertam pilotos
Previsão de 21 provas para o ano que vem anima quem corre, mas "está perto do limite" para os funcionários
Se o calendário provisório divulgado ontem for confirmado, a Fórmula 1 caminha para sua temporada mais longa da história em 2014, com 21 provas. Até aqui, o maior número de etapas foi 20, ano passado.
Perguntados pelo TotalRace no paddock de Monza, os pilotos foram unânimes em dizer que aprovam um calendário lotado de provas, mas que o restante de suas equipes estão muito perto do limite.
“Acho que, quando mais corrida, melhor. Mas 21 começa a ser muito”, acredita Felipe Massa, que aponta até uma questão de segurança. “É aceitável, mas é um trabalho a mais, não só para os pilotos, como para todo mundo. É difícil para os mecânicos ter muitas corridas seguidas, porque eles têm de desmontar tudo e remontar novamente. Sabemos que precisamos muito do trabalho deles, até por uma questão de segurança, pois quem aperta a roda do nosso carro são eles. É importante não esquecer que é o trabalho humano é fundamental.”
Lewis Hamilton lembra que não tinha final de semana sem corrida na época do kart, e diz que não seria sacrifício nenhum voltar no tempo, mas agora a bordo de carros da Fórmula 1. Mas o inglês também se preocupa com os mecânicos.
“Eu adorei, achei ótimo. Eu amo correr, então poderia correr todo final de semana, como eu fazia na época do kart. Mas é claro que não tem a ver só comigo, é mais uma questão da equipe. Eles ficam muito tempo longe de suas famílias. É claro que eles também gostariam de fazer mais corridas, mas isso tiraria o tempo livre deles. Temos de lidar bem com isso para que toda a equipe chegue com níveis altos de energia no final do ano – até o piloto sente as viagens quando vai chegando no fim.”
O piloto da Mercedes está particularmente animado para o retorno do GP da Áustria. “É sempre bom ter novos circuitos, mas não sei bem como são os que vão entrar no campeonato. Eu gosto de circuitos mais antigos, então é legal que a Áustria vai voltar, porque é uma pista mais clássica. Eles deviam fazer mais disso.”
Seu companheiro, Nico Rosberg, explica que os mecânicos sofrem mais que os pilotos porque continuam o trabalho quando as corridas acabam.
“Para mim, não tem problema. Acho que pesa para os mecânicos, porque eles trabalham tanto, ficam tanto tempo fora de casa, uma vez que eles trabalham muito na fábrica quando voltam das corridas. Em algum momento, haverá um limite e acho que estamos muito perto dele.”
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