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Chase Carey espera temporada 2020 da F1 com 15 a 18 corridas

Em comunicado divulgado nesta segunda, o CEO da F1 falou sobre expectativas para a condução da temporada 2020 da categoria

Chase Carey, Chairman, Formula 1

Com o impacto do Covid-19, a Fórmula 1 ainda está tentando organizar seu calendário para 2020, já que diversas etapas foram adiadas ou canceladas, como Austrália, Mônaco, Holanda e, mais recentemente, o Azerbaijão. Além disso, a categoria precisou mudar uma de suas maiores iniciativas desde que a Liberty assumiu as operações: o pacote técnico que seria introduzido em 2021.

Em meio à esse momento de incertezas, o CEO da Fórmula 1, Chase Carey, divulgou um comunicado direcionado à comunidade da categoria, incluindo os fãs, falando sobre o futuro da temporada 2020.

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"Todos estamos comprometidos a entregar uma temporada 2020 para nossos fãs", disse Carey. "Reconhecemos que há uma grande possibilidade de termos mais adiamentos em nosso calendário atual. Apesar disso, nós e nossos parceiros acreditamos que será possível começar a temporada durante o verão, com um calendário revisado contando com 15 a 18 corridas".

Além disso, Carey afirmou que ainda não há um novo calendário, devido à fluidez da situação do Covid-19 nos países, mas que já é possível afirmar que a temporada deve ir além da data estipulada inicialmente, em 29 de novembro, quando seria realizado o GP de Abu Dhabi.

Carey afirmou que a mudança das férias de verão dá à categoria a "oportunidade de evoluir o esporte, experimentar e tentar novas coisas", citando o automobilismo virtual, a série da Netflix "Drive to Survive" como exemplos.

Leia a íntegra do comunicado abaixo:

"Ao longo da última semana, a Fórmula 1, as dez equipes da F1 e a FIA se juntaram e tomaram decisões rápidas e importantes como parte de nossa resposta inicial à pandemia do Covid-19. Apesar de no momento ninguém poder precisar quando a situação irá melhorar, ela vai melhorar, e quando isso acontecer, estaremos prontos para correr novamente. Todos estamos comprometidos a entregar uma temporada 2020 para nossos fãs.

Reconhecemos que há uma grande possibilidade de termos mais adiamentos em nosso calendário atual. Apesar disso, nós e nossos parceiros acreditamos que será possível começar a temporada durante o verão, com um calendário revisado contando com 15 a 18 corridas. Como anunciado anteriormente, usaremos a pausa de verão, que foi adiantada para março e abril, para correr durante o período normal das férias. Além disso, antecipamos que o final da temporada irá para além do planejado originalmente, entre 27 e 29 de novembro, com as datas das corridas sendo significativamente diferente do calendário original para 2020. Não é possível informar um calendário mais específico nesse momento devido à fluidez da situação atual, mas esperamos termos uma visão mais clara sobre as condições de cada uma das sedes, além das questões relacionadas às viagens, no próximo mês.

Com a ajuda do anúncio da FIA e acordo de congelar o regulamento técnico em 2021, sem férias de verão e trazendo a pausa das fábricas para março e abril, o esporte tem a intenção de correr durante o período pensado inicialmente para a pausa e compensar eventos adiados na primeira parte do ano. A flexibilidade oferece uma oportunidade de evoluir o esporte, experimentar e tentar novas coisas. Isso pode incluir iniciativas como expandir nossa plataforma de eSports, desenvolver mais conteúdo inovador como Drive to Survive e outras maneiras criativas de aumentar o valor do esporte para seus parceiros, mídia, patrocinadores, organizadores, equipes e fãs - o ecossistema de nosso esporte fantástico.

Entre a Fórmula 1, as equipes e a FIA, trabalhando em conjunto com todos envolvidos com o campeonato, estamos planejando, totalmente comprometidos, a voltarmos à pista logo que possível para começar a temporada 2020 e continuaremos consultando autoridades e especialistas em saúde, já que nossa prioridade continua sendo a saúde e a segurança de nossos fãs, as comunidades que visitamos e todos dentro da família da Fórmula 1. Estamos confiantes que vamos superar isso e que teremos dias melhores por vir, e, quando tivermos isso, vamos garantir que todos ligados ao esporte se sintam recompensados".

GALERIA: Veja como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos e Argentina também foram suspensas, com adiamento.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado. No momento, o GP do Canadá está marcado para ser o primeiro da temporada, no meio de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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