Fórmula 1 GP da Áustria

Com Red Bull, Honda chega a cinco vitórias consecutivas na F1 pela primeira vez desde a era Senna-Prost

Montadora japonesa chega a um patamar de resultados vistos apenas com Senna e Prost na era de domínio da McLaren

Ayrton Senna, McLaren MP4-4 Honda

O segundo passeio de Max Verstappen no Red Bull Ring garantiu ao holandês a vitória no GP da Áustria, aumentando a vantagem para Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos enquanto sua equipe segue bem a frente da Mercedes entre os Construtores. Mas o triunfo do último domingo ajudou também a escrever um novo capítulo na história da Honda na Fórmula 1.

Com o GP da Áustria, a Red Bull chega a impressionantes cinco vitórias consecutivas na categoria e, assim, a Honda passa a ter a segunda maior sequência de triunfos na categoria, perdendo apenas para o domínio impressionante visto em 1988 com Ayrton Senna e Alain Prost.

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A Honda contabiliza quatro passagens pela F1 ao longo de 70 anos. A primeira nos anos 1960 como equipe oficial, depois entre 1983 e 1992 apenas como fornecedora de motores, novamente entre 2000 e 2008, começando com uma parceria com a BAR antes de assumir as operações e a atual, iniciada em 2015 com a McLaren antes do rompimento com a marca britânica e o início do relacionamento com a Red Bull.

Apesar de bons resultados na primeira e terceira passagens, com vitórias e o vice-campeonato de construtores com a BAR em 2004, é inegável que os anos 1980-90 e o atual representam as melhores fases da Honda na categoria.

E a vitória de Verstappen no GP da Áustria consolida ainda mais o bom momento vivido por Red Bull e Honda. Das nove corridas disputadas na temporada 2021, são seis vitórias para a parceria, sendo cinco do piloto holandês e uma de Sergio Pérez.

Desde o GP de Mônaco, a Red Bull não sabe o que é perder, acumulando vitórias no Azerbaijão, na França, na Estíria e na Áustria. O momento atual supera aquela que era até então a segunda maior sequência de invencibilidade da Honda na F1, vista em 1991, quando Senna venceu as quatro primeiras corridas do ano, a caminho da conquista do tricampeonato.

Mesmo assim, os números atuais ficam ainda bem longe do ano de maior domínio da Honda na F1, no primeiro ano da parceria com a McLaren, em 1988, com Senna e Prost.

Naquele ano, a Honda se encontrava no sexto ano de sua passagem pela F1. O retorno oficial foi em 1983, fornecendo motores para a Williams a partir da última etapa daquela temporada.

A parceria com a equipe de Sir. Frank Williams e Patrick Head durou até 1987 e rendeu bons resultados, com vitórias já a partir do primeiro ano e três títulos, sendo dois de Construtores, em 1986 e 1987, além do tricampeonato de Nelson Piquet.

Enquanto a Williams passou a usar motores Judd em 1988, a McLaren emendou uma impressionante sequência de 11 vitórias no primeiro ano da parceria com a Honda, iniciada no GP do Brasil e interrompida somente após o GP da Bélgica, sendo sete de Senna e quatro de Prost.

Naquele ano, a McLaren-Honda só não conquistou uma vitória no ano, o GP da Itália, quando tanto Senna quanto Prost abandonaram. No final, o brasileiro conquistou o primeiro de seus três títulos, com oito vitórias contra sete do francês, separados por apenas três pontos na classificação.

Apesar de não viver um momento tão dominante quanto nos anos 1980, a Honda tem sua melhor fase na F1 em 30 anos. O novo motor que a montadora trouxe para a temporada 2021 ajudou a Red Bull a dar um salto de performance, algo visto desde a pré-temporada, colocando a equipe austríaca como uma real desafiante ao domínio da Mercedes.

E após duas vitórias que já eram esperadas, em Mônaco e no Azerbaijão, a Red Bull seguiu dando importantes passos com seu carro, melhorando em termos de velocidade de reta e enquadrando a Mercedes em pistas onde a equipe alemã foi mais forte em anos anteriores: França e Áustria.

Em seu último ano antes de sair da Fórmula 1, a Honda tem a sua melhor chance de conquistar um título de construtores pela primeira vez desde 1991, e já deixou claro que fará de tudo para que consiga sair por cima.

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Guilherme Longo
Fórmula 1
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