Confusão em cima do nome Lotus termina bem para os dois lados
Equipe malaia pode manter "Team Lotus", mas não pode usar o nome "Lotus", restrito apenas ao grupo que apoia e patrocina a Renault
Mudou, mas não mudou nada. A decisão da Corte Suprema de Londres sobre a briga envolvendo as duas equipes Lotus do grid permitiu a organização malaia, o Team Lotus, de continuar com a nomenclatura, mas permitiu o uso do nome "Lotus" ao Grupo Lotus.
Ou seja: os malaios podem usar o nome "Team Lotus". Somente Lotus, não; só com autorização do Grupo Lotus, que é o parceiro da Renault. Para Tony Fernandes, a decisão foi considerada uma vitória.
"Estamos felizes em ver que tudo foi esclarecido e que somos os donos de direito do Team Lotus. Sempre acreditamos nas evidências factuais que apresentamos e o julgamento de hoje confirmou nossa fé", comenta o líder do time, que tem base na Malásia e em Hingham, na Inglaterra.
"Estamos, claro, desapontados com a decisão do Grupo Lotus de querer encerrar nossa licença. Entramos no contrato com a promessa de um acordo de longo prazo, mas eles usaram brechas técnicas para colocar um fim na parceria. Contudo, meus parceiros acionistas e eu acreditamos que uma porta fechada é uma porta aberta", continua Fernandes.
"Tudo o que transcorreu se mostrou positivo para nós, com muitas avenidas abertas como resultado. Queremos um relacionamento de longo prazo com o Team Lotus e ajudá-los a vender mais carros, mas esta porta está fechada e estamos contentes em virar a nossa atenção para garantir o sucesso da Caterham", ressalta o malaio, referindo-se à fábrica comprada por sua organização.
Como resultado, o Team Lotus inaugurou sua loja virtual de merchandising, que estava fechada, aguardando a decisão da Corte.
Apelação: O Grupo Lotus anunciou que apelará do resultado da Corte Suprema, mesmo com uma chance de um contra-apelo do Team Lotus. "O Team Lotus tem o direito de continuar correndo sob o nome Team Lotus, mas o efeito do julhamento é que apenas o Grupo Lotus pode usar o nome 'Lotus' na F-1."
"O Grupo Lotus está preocupado que este aspecto do julgamento provocará confusão nos olhos dos espectadores e do público em geral. O Grupo Lotus e sua acionista Proton Holding Bhd estão confiantes no sucesso do apelo", completa o comunicado.
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