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Ecclestone se defende de críticas após fala polêmica sobre racismo: "Não tenho culpa se sou branco"

Fala de Bernie em entrevista à CNN criou polêmica e levou a respostas de Hamilton e da F1

Bernie Ecclestone, Chairman Emiritus of Formula 1

Bernie Ecclestone, Chairman Emiritus of Formula 1

Jerry Andre / Motorsport Images

Mesmo fora da Fórmula 1, Bernie Ecclestone não se livra das polêmicas. Na semana passada, o ex-chefão da F1 deu uma declaração à CNN que deu o que falar. Em entrevista, Bernie afirmou que "em muitos casos, os negros são mais racistas que os brancos". A fala gerou muita controvérsia e o britânico de 89 anos veio a público se defender.

Duas das principais críticas à fala de Bernie vieram da F1 e de Lewis Hamilton. A categoria divulgou um comunicado falando que os "comentários de Bernie não têm espaço na sociedade". Já o hexacampeão fez uma publicação no Instagram falando que agora entendia por que nada havia sido feito para mudar o esporte na época do ex-mandatário.

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No domingo, ele conversou com o jornal britânico The Daily Mail, defendendo que não é uma pessoa racista, citando Hamilton e seu pai, Anthony, para explicar seu raciocínio..

"Eu não sou anti-negros. Pelo contrário. Eu sempre fui muito a favor. Aliás, o pai de Lewis [Hamilton] queria entrar nos negócios comigo. Ele sempre fez boas máquinas de remo. Eu nunca teria considerado se fosse anti-negro. Se o projeto fosse certo, eu teria feito".

"Ao longo dos anos, conheci muitas pessoas brancas que não gostei, mas nunca houve uma pessoa negra que não gostei. Fui assaltado algumas vezes, uma delas por três negros. Acabei no hospital mas, mesmo assim, depois disso nunca fui contra ninguém que fosse negro. Não penso em Lewis como negro ou qualquer outra coisa. Ele é apenas Lewis para mim".

Bernie continuou, criticando também as marchas que estão acontecendo ao redor do mundo. À CNN, ele já havia falado sobre as manifestações que levaram à derrubada de estátuas nos Estados Unidos e no Reino Unido.

"Se uma pessoa negra ou uma pessoa branca forem recusados para um trabalho, você precisa perguntar o motivo. Foi por causa da cor de sua pele, ou foi porque eles não estavam à altura do trabalho? É isso que estou falando".

"As pessoas vão nessas marchas, organizadas por "quase-marxistas" que querem derrubar a polícia, o que seria um desastre para o país. Se você perguntar à maioria deles o que exatamente eles estão protestando, provavelmente não saberiam".

"Não tenho culpa se sou branco, ou um pouco mais baixo que outras pessoas. Eu era chamado de Titch na escola [algo como baixinho]. Eu descobri que era uma coisa com a qual eu precisava lidar. As pessoas precisam apoiar umas às outras".

Ecclestone terminou sua fala dando mais uma alfinetada nas movimentações recentes da F1 em busca de um esporte mais diverso e inclusivo. Segundo ele, falar de diversidade é uma "moda" atual.

"Ron Dennis não ficou no caminho de Lewis quando pequeno. Ele cuidava dele. Willy T. [Ribbs] foi o primeiro homem negro a dirigir um F1, para mim, nos anos 70. Quando perdi minha habilitação, eu tinha um motorista negro, porque eu não ligava se era negro ou branco. Agora é meio moda querer falar sobre diversidade".

As entrevistas recentes de Bernie representam uma mudança no tom e no conteúdo de suas falas sobre o racismo. No início do mês, à agência AFP, o ex-mandatário da F1 não só elogiou a voz ativa de Lewis Hamilton na luta contra o racismo, mas também criticou que precisou de uma morte para que o assunto fosse levantado entre atletas do mundo inteiro.

"É algo bom o que Lewis tem feito, assim como alguns atletas, de falar o que pensam", disse Bernie no início do mês. "Deveriam continuar fazendo. Para mim, pessoalmente, é uma grande surpresa que tenham demorado tanto, que tenha exigido uma morte brutal de uma pessoa negra, para chamar a atenção de esportistas para o assunto".

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