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F1: Veja como o pescoço será um desafio aos pilotos na volta às pistas

Nenhuma parte do corpo de um piloto de F1 é posta à prova tanto quanto o pescoço, e, na corrida inaugural, deve ser particularmente difícil

Tattoo detail on the neck of Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1

Diante da pausa causada pela pandemia da Covid-19, os pilotos da Fórmula 1 tentam buscar, como o resto dos habitantes do planeta, o máximo de entretenimento possível. Mas, no caso deles, há também uma busca por um treinamento que lhes permita manter a forma durante esse período de "férias prolongadas", mas já admitem que uma parte em especial do corpo deve sofrer na volta das corridas: o pescoço.

O futuro da F1 em 2020 continua incerto, mas a cada dia que passa, a ideia da temporada começar na Áustria, no primeiro final de semana de julho, vai se fortalecendo. Esse intervalo entre duas corridas só tem similaridades com os primeiros anos do Mundial, quando o calendário era bem mais curto.

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O piloto da McLaren, Carlos Sainz Jr., falando com vários meios de comunicação espanhóis, alertou sobre como essa grande pausa afeta o treinamento e preparação dos pilotos: "Isso afeta muito, principalmente o pescoço", comentou o piloto. "Por mais que você treine em casa com um cinto, é impossível gerar forças G similares à que temos nos carros de F1".

O espanhol ressaltou que, dependendo de onde o campeonato começar, as circunstâncias podem ser diferentes: "O circuito escolhido para a primeira corrida influenciará bastante o quanto os pilotos sofrerão depois de passar tantos meses sem dirigir e treinar corretamente o pescoço. Será uma prova muito difícil".

Carlos Sainz, McLaren, parle à la presse

Caso a primeira prova seja realizada no Red Bull Ring, Sainz analisou qual seria o impacto: "Agora, a Áustria é a primeira corrida não suspensa [Nota: o GP da França ainda não foi adiado, mas dificilmente será realizado na data programada]. Não é um dos circuitos mais difíceis, mas vamos sofrer nas curvas rápidas.

"Se a primeira corrida fosse na Hungria ou em Singapura, garanto que muitos pilotos sofreriam para terminar a corrida. Você sofre muito. As pessoas não imaginam o stress que o corpo sofre durante um GP. A única maneira de entrar em forma para dirigir um F1 é dirigindo um F1".

Por sua vez, Romain Grosjean, piloto da Haas, também comentou sobre o assunto durante uma live feita em seu perfil no Instagram.

"Geralmente começamos com os testes de inverno após o tempo de inatividade, por isso não importa se sofremos um pouco. Mas, agora, vamos voltar para o carro diretamente para uma corrida, e não queremos ter um pescoço torto já na volta 15", comentou.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar o GP da Holanda devido às restrições do governo local. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto. O GP da Finlândia, em 12 de julho, é dúvida porque o novo circuito ainda não foi aprovado pela Federação
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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VÍDEO: Os 5 pilotos da F1 que mereciam ter sido campeões e ficaram sem título

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