F1: FIA favoreceu Norris ao não dar punição em Singapura?
Teorias da conspiração estão sendo levantadas pelos fãs de automobilismo, mas isso faz sentido?

Há muitas teorias da conspiração de que a McLaren estaria priorizando Lando Norris na disputa pelo título da Fórmula 1 de 2025, ou que a própria FIA (Federação Internacional de Automobilismo) "já teria escolhido seu campeão". Essa ideia ganhou força depois do britânico não ter sido punido no GP de Singapura -- nem pelo toque em Max Verstappen e Oscar Piastri, nem pela asa quebrada durante toda a corrida. Mas é justo pensarmos dessa forma?
Muitos fãs estão incomodados com o fato de o britânico ter sido autorizado a terminar a corrida noturna com uma asa dianteira obviamente danificada, enquanto os organizadores da corrida já obrigaram outros pilotos a voltarem para o box para fazer a troca no passado.
A asa de Norris quebrou logo na largada, quando ele colidiu levemente com Verstappen na segunda curva. A placa de extremidade do lado esquerdo foi danificada a tal ponto que se dobrou para fora. No entanto, a McLaren não chamou o carro #4 para os boxes por causa disso.
E mesmo durante seu pit stop regular no final da corrida, a equipe não substituiu a asa quebrada. Muitos torcedores estão irritados porque situações parecidas já aconteceram no passado e os competidores foram obrigados a fazerem a troca.
Se os organizadores da corrida mostrarem essa bandeira, o piloto em questão deve ir aos boxes para consertar seu carro - nesse caso específico, a asa dianteira. O piloto da Haas, Kevin Magnussen, por exemplo, teve esse problema várias vezes na temporada de 2022.
Embora alguns observadores suspeitem de uma conspiração, o verdadeiro motivo pelo qual o controle de corrida não interveio em Singapura é bastante simples. A decisão de usar a bandeira preta com círculo laranja com muito menos frequência foi tomada no final de 2022.
O que levou a FIA a repensar
A decisão na época foi desencadeada por uma situação envolvendo Fernando Alonso no GP dos EUA, no Texas. Alonso perdeu o espelho no local, mas pilotou até o final da corrida mesmo assim. Em seguida, ele recebeu uma penalidade de tempo, que foi cancelada depois de várias reviravoltas.
O curioso caso levantou a questão de em quais situações os organizadores da corrida deveriam usar a bandeira preta e laranja. O chefe da equipe McLaren na época, Andreas Seidl, pediu "um regulamento mais padronizado para que todos no paddock [...] saibam como as regras são interpretadas".
A FIA decidiu então usar a bandeira somente em caso de grandes riscos à segurança. Alan Permane, diretor esportivo da Alpine na época e agora diretor da equipe Racing Bulls, disse na época que a FIA havia percebido "que as coisas tinham ido um pouco longe demais".

A asa dianteira de Gabriel Bortoleto ficou ainda mais danificada no domingo
Foto: Sutton Images
"Acho que, a partir de agora, pequenos danos, como um espelho ou uma placa de extremidade da asa [...] não serão mais considerados um risco, o que exigiria uma bandeira preta e laranja", disse Permane na época. E, de fato, a "bandeira do ovo frito" tem sido usada com muito menos frequência desde então.
Na corrida de domingo em Singapura, por exemplo, a asa dianteira da Sauber de Gabriel Bortoleto foi muito mais danificada do que a do carro de Norris após um acidente na largada. No entanto, o controle de corrida também não interveio nesse caso e, mais tarde, a equipe trocou a asa voluntariamente.
E em 2023, as diretrizes da FIA, que ainda eram relativamente novas na época, já haviam causado discussão quando toda a asa traseira do Alpine de Esteban Ocon se soltou levemente no GP do Canadá. Mesmo assim, no entanto, o francês foi autorizado a terminar a corrida sem intervenção da FIA.
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