F1: Gasly acredita que é "muito cedo" para pensar em futuras opções no grid
Piloto da AlphaTauri vai decidir, pela primeira vez, qual caminho tomar depois de 2023
Depois de ser rebaixado da Red Bull para a Toro Rosso, agora AlphaTauri, em meados de 2019, Pierre Gasly recuperou sua confiança na Fórmula 1 e começou a se tornar um líder da equipe de Faenza. Com as portas fechadas para um possível retorno à equipe principal, o francês está tranquilo sobre o fato de ter o futuro nas próprias mãos a partir do fim de 2023.
Em 2021, havia a expectativa de que Gasly tinha feito o suficiente para ganhar uma segunda oportunidade na Red Bull, contudo, Christian Horner recrutou Sergio Pérez quando o sucessor de Pierre Gasly, Alex Albon, também foi deixado de lado. Em maio deste ano, a escuderia de Milton Keynes fechou com Pérez uma extensão de contrato por mais dois anos, até o fim da temporada de 2024.
Isso significa que o caminho para o retorno à Red Bull agora está formalmente encerrado para Gasly e mesmo que o francês desfrute da oportunidade de ter seu futuro em suas próprias mãos, sem obrigações com a equipe principal para além de 2023, o piloto diz que é muito cedo para começar a pensar sobre seu próximo movimento.
"Acredito que você tem que estar aberto. Precisa haver uma conversa, obviamente com a Red Bull e eles seriam os primeiros a saber qual é a situação", disse ao Autosport.
"Mas, claro, também é a primeira vez na minha carreira que tenho a opção de decidir o que vai acontecer.
"No entanto, é cedo, estamos na metade de 2022. No momento certo, vamos avaliar quais são as melhores opções para o futuro."
Pierre Gasly, AlphaTauri AT03
Photo by: Red Bull Content Pool
Ao se converter em figura constante no meio-campo com a AlphaTauri, junto de seu inexperiente companheiro de equipe Yuki Tsunoda, o acúmulo de pontos de Gasly foi fundamental para a equipe conseguir assegurar o sexto lugar no campeonato de construtores de 2021 depois de uma luta durante toda a temporada pelo quinto posto com a Alpine.
Gasly sente que assumiu bem o papel de líder da equipe e crê que sua segunda etapa com a AlphaTauri também o transformou em um piloto melhor em todos os aspectos, o que o permite assegurar uma vaga no grid quando seu contrato terminar em 2023.
"Sim, sim. Sou muito mais completo", explicou o jovem de 26 anos. "Creio que é um esporte em que, pessoalmente, me sinto muito mais completo do que quando cheguei, porque é um esporte complexo.
"Não se trata apenas de pilotar. Se trata de conduzir a equipe na direção que você deseja, se trata de fazer as pessoas trabalharem juntas pelo mesmo objetivo, motivando a todos porque é difícil.
"Você vê que as pessoas estão mentalmente esgotadas depois de algumas corridas por conta das viagens, de todo o trabalho que estão fazendo.
"Ser um líder, não se trata apenas de pilotar e ser rápido nas pistas. Se trata de liderar a equipe e levar essa energia, a mentalidade e a ética de trabalho que você impõe a si mesmo para o resto da equipe para tirar o melhor de si. É isso que estou tentando fazer.
"No fim do dia, a diferença é que quero estar em um lugar que possa me dar a oportunidade de ser competitivo. Isso é realmente o mais importante para mim, ter um pacote que me permita mostrar minhas habilidades e lutar por mais, porque essa é a minha única motivação neste esporte, é lutar pela vitória, pelos pódio e de por estar na frente do grid."
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