F1: Mercedes admite erro em não trocar pneus de Hamilton após bandeira vermelha na Hungria

Diretor técnico da equipe, Mike Elliot, avaliou riscos de uma parada em meio ao tráfego e concluiu que estratégia no GP foi equivocada

Lewis Hamilton, Mercedes W12 at the restart

Mike Elliot, diretor técnico da Mercedes na Fórmula 1, reconheceu que a equipe deveria ter chamado Lewis Hamilton para trocar os pneus antes do reinício após a bandeira vermelha no GP da Hungria, causada pelo início caótico da corrida do último domingo (1).

Enquanto os 15 pilotos restantes se aproximavam da reta principal para se estabelecerem no grid, todos, exceto o britânico, decidiram entrar nos boxes para colocar compostos de pista seca e abandonar os intermediários, já que a pista havia melhorado consideravelmente enquanto a prova estava interrompida e a chuva parava.

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A situação levou a um evento sem precedentes: Hamilton ficou sozinho na largada, enquanto todos os outros saíram do pitlane. O heptacampeão pagou caro pela decisão de sua escuderia, já que estava claro que ele também teria que trocar os pneus na volta seguinte e retornaria na parte de trás do pelotão.

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, defendeu a decisão da equipe e declarou que foi "100% a escolha certa". No entanto, em uma análise do GP da Hungria por Elliot, admitiram que a tentativa não foi a correta.

"Claramente, em retrospecto, nos equivocamos, mas você deve ter em mente que esses momentos são muito, muito complicados", disse o diretor técnico em um vídeo postado no canal da escuderia no YouTube.

"Tivemos muita dificuldade em decidir com que pneu sair no início da corrida e descobrimos que o intermediário era, definitivamente, a escolha certa porque começou a chover no caminho de volta ao grid. Após a bandeira vermelha, debatemos qual colocar e pronto. Naquele momento, outros decidiram mudar de ideia e nós deveríamos ter feito isso também."

"A realidade é que é mais difícil para nós do que para as outras equipes. Quando você é o carro da frente, não consegue ver o que os outros estão fazendo, pois é o líder. Se estiver mais atrás, conseguirá enxergar as ações dos rivais e adaptar de acordo", explicou.

Elliot acrescentou ainda que, por serem os primeiros nos boxes, Hamilton não teria sido capaz de retornar à pista rapidamente enquanto os outros carros passavam em direção aos seus respectivos pit stops ou, pior ainda, teria arriscado um incidente se tentasse retornar antes da passagem de outro competidor.

"Se tivéssemos entrado no pitlane, teríamos parado e todos os outros estariam passando", comentou o diretor. "Seria muito difícil para Lewis retornar e isso teria nos atrasado. Outra forma de encarar o problema é também o risco de colidir com outro carro em uma saída rápida. Na verdade, vimos que isso aconteceu naquela sequência de paradas."

O fato de Max Verstappen, rival do britânico na luta pelo mundial de pilotos de 2021, estar atrás no pelotão levou a Mercedes a tomar um caminho mais conservador.

"O que estávamos pensando foi: qual a melhor estratégia para nós? Nosso principal adversário não estava à frente e o que tínhamos que fazer não era cometer um erro bobo e acabar batendo. No entanto, da maneira que ocorreu, teria sido melhor para nós entrar nos boxes, mesmo que tivéssemos que esperar até o fim da fila."

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Federico Faturos
Fórmula 1
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