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F1: Renault afirma já saber o que havia de ilegal no motor da Ferrari em 2019; entenda

Segundo o chefe da equipe, a montadora francesa já sabe qual irregularidade foi cometida, mas espera mais detalhes sobre o acordo

Sebastian Vettel, Ferrari SF90, battles with Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S.19

Durante a pré-temporada da Fórmula 1, a notícia sobre o acordo secreto entre FIA e Ferrari sobre possíveis irregularidades com o motor de 2019 mexeu com o paddock da categoria (veja abaixo vídeo explicando o caso). As rivais da equipe italiana cobraram explicações à FIA e o assunto segue rendendo até hoje, com equipes como a Renault criticando a falta de transparência da Federação.

A montadora francesa afirmou que as equipes já sabem o que a Ferrari fez de errado com o motor de 2019, mas defende a revelação dos detalhes do acordo, para evitar novas irregularidades no futuro.

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"Essa é uma questão que precisa ficar clara", disse Cyril Abiteboul, chefe da equipe, em entrevista ao site oficial da F1. "Tenho exatamente a mesma opinião que o Zak Brown [CEO da McLaren]. Vivemos em um mundo aberto, e, mesmo não sendo contra o processo da FIA, exigimos transparência".

"Sabemos exatamente o que foi encontrado de ilegal e o que foi feito sobre isso. No longo prazo, não queremos cometer os mesmos erros deles. Como fornecedores de motores, queremos ter certeza disso, que é algo que exige uma transparência que ainda não temos".

A dúvida das equipes é se a FIA trocou uma punição pesada à Ferrari por um acordo que inclusive pode trazer vantagens à montadora italiana.

Logo que o anúncio do acordo foi feito, sete equipes se manifestaram contra, divulgando um comunicado cobrando que os resultados da investigação fossem divulgados.

Em um primeiro momento, a FIA afirmou que não era obrigada a divulgar esses dados, mas, posteriormente, Jean Todt veio a público dizer que não teria problemas em entregar os resultados, mas que isso dependia da liberação de ambas as partes envolvidas.

Com o crescimento da pandemia pelo mundo e o impacto que ela teve no mundo da F1, o movimento foi perdendo força, com a Mercedes inclusive retirando publicamente seu apoio.

VÍDEO: Saiba tudo sobre o polêmico acordo secreto entre FIA e Ferrari

GALERIA: Cúpula da FIA e da F1 viveram dias de glória na Ferrari; entenda

Jean Todt, que hoje é que possui o maior poder do trio, foi diretor de corridas da Ferrari de 1994 a 2007 e CEO entre 2004 e 2009.
Ele foi o primeiro não italiano a ocupar uma vaga tão alta na equipe. Após 12 anos de Peugeot, ele foi recrutado por Luca di Montezemolo para tentar dar um fim ao jejum que vinha desde 1979.
A escolha não poderia ter sido mais certeira. No final de 1995, um convite a Michael Schumacher daria início a um grande período de vitórias, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores, de 2000 a 2004, além do campeonato de Kimi Raikkonen em 2007, o último da escuderia.
No dia 23 de outubro de 2009, Todt se elegeu presidente da FIA, cargo que ocupa até hoje.
Além de apoiar as mudanças na F1 que devem ser introduzidas em 2021, Todt tem destacado seu trabalho também na tentativa de diminuição de acidentes rodoviários.
Ross Brawn ocupa o cargo de diretor esportivo do Grupo Liberty, detentores dos direitos comerciais da F1, após a saída de Bernie Ecclestone. É o nº2 do organograma da companhia que toma conta da F1.
Atualmente, é o principal nome que está por trás das grandes mudanças dos regulamentos técnicos e esportivos da F1 para 2021.
Sua experiência como chefe de equipe de Schumacher em seu período mais vitorioso, de 2000 a 2004, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores.
Além do sucesso meteórico da Brawn GP em 2009 o colocam como figura respeitável nas mudanças.
O grego Nikolas Tombazis também vem do ‘casamento perfeito’ entre Schumacher e Ferrari, também vindo da Benetton, em 1997.
Seu cargo na escuderia italiana sempre esteve voltado à parte aerodinâmica, permanecendo na equipe de 1997 a 2003 em uma primeira passagem.
Em 2004 ele foi para a McLaren, retornando à Ferrari em 2006 como diretor de design de 2006 a 2014.
Antes de ocupar o cargo de chefe de monopostos da FIA em 2018, ele teve breve passagem pela Manor.
Ele também está por trás das principais mudanças prometidas pela F1 para o carro de 2021, que promete ajudar  categoria a ter uma competitividade mais próxima entre as equipes.
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