Fabricantes da F1 tentam reviravolta para ter MGU-H em 2021
As discussões acerca do regulamento de motores da F1para 2021 estão no limbo após as atuais fabricantes questionarem o pacote que foi definido pelo Liberty Media e a FIA.
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Os parâmetros básicos do regulamento simplificado, incluindo a remoção do MGU-H, foram anunciados pelas duas entidades em outubro do ano passado.
As discussões prosseguiram desde então, e, após algumas reservas iniciais, as fabricantes indicaram que aceitaram a perda do MGU-H. A FIA esperava produzir o regulamento final ao fim de junho.
Contudo, de última hora e após discussões na reunião do Grupo Estratégico, na última semana, as fabricantes reagiram e sugeriram que querem manter o atual pacote, incluindo o MGU-H.
O fator principal que proporcionou sua posição foi o fato de que nenhuma nova fabricante se comprometeu a entrar na F1 em 2021, o que foi uma das principais razões das novas propostas.
A Porsche se envolveu em todas as discussões na formação das regras de 2021, assim como fez a Volkswagen quando o atual regulamento V6 turbo híbrido foi formulado.
Entretanto, ela ainda não tomou a decisão quanto ao lançamento de um programa na F1, parte disso por conta do escândalo de emissões envolvendo o Grupo VW.
A Aston Martin, que havia indicado um interesse em um projeto na F1, também está em cima do muro.
Além disso, o recém-anunciado acordo da Red Bull com a Honda mudou o cenário, o que também deixa o envolvimento da Aston menos provável.
O consenso entre as fabricantes é que não há sentido em fazer um enorme investimento para rever seus projetos quando não há novas entrantes no horizonte.
Contudo, elas estão dispostas a fazer concessões em áreas para melhorar o som, ajustar o uso de combustível para gerar mais potência e introduzir algumas partes patronizadas.
“Ainda está muito aberto à discussão”, disse o chefe da Mercedes, Toto Wolff. “Tivemos uma apresentação sobre o que significaria um redesenho do motor.”
“Todas as fabricantes comprometidas com a F1 deram suas preferências, com o entendimento da nossa parte que talvez precisemos ter um pouco mais de barulho e uma discussão em torno do consumo de combustível, o que é importante.”
“Mas apenas redesenhar o motor sem ter ninguém entrando não faz muito sentido.”
“Então, se alguém se comprometer a entrar na F1 da mesma forma que nós nos comprometemos, passando pelos altos e baixos, com todos os custos e investimentos necessários, vamos discutir o regulamento de motores. Mas, se ninguém entrar, é uma discussão acadêmica.”
Christian Horner, da Red Bull, indicou que a falta de novas entrantes se tornou um problema.
Além disso, a Honda está determinada a manter o MGU-H, e, portanto, a Red Bull passou a apoiar tal posição.
“Acho que, no fim das contas, a entidade regulamentadora e a detentora dos direitos comerciais têm de fazer o que elas acreditam que é o certo para o esporte”, disse Horner.
“Não parece que ninguém está entrando, então cabe à FIA e ao Liberty decidirem o que eles querem.”
Chefe da Renault, Cyril Abiteboul deixou claro que a fabricante francesa não quer ser forçada a iniciar uma nova corrida de desenvolvimento.
“Acho que sempre damos prioridade à estabilidade”, disse ao Motorsport.com. “Acho que essa é a base para tudo, particularmente a F1, que é um ambiente tão competitivo e caro.”
“Isso é verdade para os motores e para todo o resto, para o desenvolvimento aerodinâmico e assim por diante.”
“Acho que subestimamos os benefícios da estabilidade para o custo para todos – para as fabricantes, para as equipes, mas também para o espetáculo, porque queremos corridas mais parelhas, ação próxima.”
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