Indefinição de motores põe acordo Red Bull/Infiniti em dúvida
Equipe austríaca garante que contrato com Infiniti é seguro, mesmo se time trocar fornecedora de motores; fontes sugerem, no entanto que empresa do grupo Renault-Nissan pode rescindir contrato
Na ânsia por obter motores mais potentes, a Red Bull pode arcar com uma consequência financeira nada agradável. A Infiniti – divisão de luxo da Nissan, que faz parte do grupo Renault-Nissan – tem contrato com a equipe austríaca para 2016 e, de acordo com um membro do time, o contrato deve ser mantido, independentemente da utilização dos motores franceses.
No entanto, outras fontes indicaram ao Motorsport.com que há uma cláusula no contrato que permite à Infiniti rescindir a parceria caso a Red Bull não utilize unidades de potência da Renault Em outras palavras, Infiniti tem uma cláusula get-out que lhe permitiria sair se Red Bull muda de fornecimento de motores.
No passado, havia uma corrente dentro da Infiniti que preferiam que a Red Bull utilizasse motores Mercedes, uma vez que as duas marcas já têm parceria em projetos de carros de rua e ocupam o mesmo segmento automotivo – o de carros de luxo – enquanto a Renault é uma marca popular, voltada para o grande público.
No entanto, a administração na Infiniti mudou desde que o acordo com a Red Bull foi fechado e agora os dirigentes simpatizam mais com a Renault. De acordo com outras fontes ouvidas, Carlos Ghosn, presidente do grupo Renault-Nissan, pode exigir que a Infiniti termine o acordo com a equipe austríaca para exibir a marca nos carros da equipe Renault, caso seja concretizada a compra da Lotus por parte dos franceses.
Além disso, a Mercedes já descartou fornecer motores para a Red Bull, mas Ferrari já se mostrou disposta. Mercadologicamente falando, seria muito mais complicado fazer a marca Infiniti funcionar em uma parceria Red Bull/Ferrari.
Há ainda a possibilidade de o divórcio Red Bull/Renault envolver batalhas judiciais, portanto é pouco provável que uma empresa do grupo Renault-Nissan mantenha algum tipo de vínculo com o time de Milton Keynes.
Se a Infiniti realmente sair, o desfalque financeiro pode ser enorme, dado que a petrolífera francesa Total deve seguir automaticamente os passos da empresa. Embora a equipe receba valores significativos dos proprietários e da FOM (Formula One Management), a perda dos patrocinadores seria um duro golpe na equipe.
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