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Johansson relembra acidente parecido com o de brasileiro

Stefan Johansson teve sorte de escapar com vida quando sua McLaren atropelou um veado durante treinos para o GP da Áustria em 1987

Stefan Johansson
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PC pódio: champagne for Stefan Johansson
Stefan Johansson

Um dos acidentes mais emblemáticos da história F1 foi o de Stefan Johansson, durante os treinos para o GP da Áustria de 1987, quando acabou atropelando um veado a quase 300 km/h a bordo de sua McLaren.

O repórter Sam Smith conversou com o piloto sueco sobre o acidente, parecido com o de Cristiano da Matta, em 2006, no circuito de Elkhart Lake.

"Todo o episódio ainda me deixa aterrorizado quando lembro", disse Johansson, com exclusividade ao MOTORSPORT.COM. "Em uma das curvas que você vinha em um ponto cego, vi o cervo que tinha acabado de se sentar no meio da pista."

Impacto muito grande

Nesta fração de segundo, o terror total para Johansson. Sua vida estava completamente à mercê da sorte. Mesmo um pequeno cervo que pode pesar 90 kg e sem tempo para reagir, tudo se resumia apenas na questão de quais consequências o piloto teria.

"Eu não tive tempo de fazer nada, nem mesmo de tentar frear", lembra Johansson. "Ele bateu no lado esquerdo e eu me lembro do som da batida, que foi horrível. Foi realmente um impacto enorme."

"Ele rasgou todo lado esquerdo do carro. Todo o monocoque foi destruído. Se ele tivesse batido 20 centímetros mais para o meio, com certeza ele teria pegado minha cabeça, sem dúvida."

Como se não bastasse a batida do animal, Johansson ainda tinha que aguentar o impacto de seu carro nas barreiras em um carro sem direção e sem freios.

"Só me lembro de ter recolhido minhas pernas, cruzado os braços e esperar pelo que vinha. Foi um impacto monstruoso e quebrei duas costelas."

"Me lembro que o Ayrton Senna estava a uma distância de 10 carros atrás de mim e a Lotus dele ainda pegou o que restou do veado."

"Eu fiz a corrida, mas eu estava com tantas dores que foi realmente desagradável."

Questão de sorte

Johansson levou sua McLaren até a sétima posição na prova do domingo e teve que sair do carro com a ajuda de companheiros, quando chegou ao parque fechado, já que as dores estava beirando o insuportável naquele momento.

Ele se sente como um homem de sorte, principalmente após ver as consquências de acidente parecido com Cristiano da Matta, que teve que passar por cirurgias no cérebro.

Aos 56 anos, o sueco ainda ama pilotar e espera poder participar das 24 Horas de Le Mans no próximo ano pela Gulf Racing Team.

Johansson está se recuperando de acidente pela Ferrari GT, em que teve uma das pernas quebrada. Com uma carreira que inclui o título da F3 britânica de 1980, 12 pódios na F1, duas vitórias das 12 Horas de Sebring e uma vitória em Le Mans, o piloto se sente abençoado, principalmente ao lembrar daquela fração de segundo em uma manhã de 1987 na Áustria.

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