Maior projetista brasileiro da F1, Divila teve grande carreira no automobilismo mundial
Projetista teve passagens por diversas categorias do automobilismo mundial, incluindo a F1 e o WEC
Nascido em São Paulo no dia 30 de maio de 1945 e também conhecido como Richard Divila no exterior, Ricardo Divila ganhou notoriedade pelo trabalho junto aos irmãos Fittipaldi na Fórmula 1, mas também atuou na Fórmula 2, na Fórmula 3 e na Fórmula 3000.
No Brasil, o engenheiro começou a ganhar destaque pelo trabalho na Fórmula Vee durante a década de 1960, além da proximidade com Wilsinho e Emerson Fittipaldi. Era o início de uma parceria histórica.
Divila é considerado um dos gigantes do automobilismo brasileiro, destacando-se como diretor técnico da Copersucar na F1. Assim, Ricardo esteve no comando da primeira e única equipe brasileira da categoria máxima do automobilismo mundial.
Antes da aventura dos irmãos na F1, Divila já estava trabalhando com eles na Fórmula Vee quando eles foram para a Europa, no final da década de 1960.
O time do País ficou na elite do esporte a motor entre 1975 e 1982. Além dos irmãos Fittipaldi, a escuderia também teve como pilotos os brasileiros Ingo Hoffmann, Alex Dias Ribeiro e Chico Serra, tricampeão da Stock Car
Além dos representantes do Brasil, a Copersucar também contou com os serviços de competidores de renome internacional, como o campeão de 1982 Keke Rosberg, da Finlândia, e o italiano Arturo Merzario.
Formado em Engenharia Aeronáutica pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), Divila também trabalhou nas equipes Ligier, Life e Fondmetal antes de encerrar sua trajetória na mais prestigiada categoria do automobilismo.
Pelo protagonismo na Copersucar, Ricardo teve a inicial de seu sobrenome eternizada nos nomes de carros da equipe na F1. O D de Divila vinha logo após o F dos Fittipaldi, de modo que os monopostos projetados pelo engenheiro se chamaram FD01, FD02, FD03 e FD04.
A partir do quinto carro, houve uma mudança nos nomes, começando com o F5, já que os irmãos trouxeram mais pessoas para ajudar no projeto, como Dave Baldwin, Ralph Bellamy, Harvey Postlethwaite e, posteriormente, Adrian Newey.
Mesmo com essa situação, Divila continuou na equipe como engenheiro técnico e de corrida senior, até o final da equipe. O brasileiro chegou até a projetar o último carro da Fittipaldi, o F9.
Após sair da F1, Divila se juntou à Nissan na década de 1990 e começou a trabalhar com os programas de automobilismo da Nismo, a divisão esportiva da montadora japonesa. Entre os projetos que participou, está o carro da classe LMP1 desenvolvido pela Nissan para correr nas 24 Horas de Le Mans de 2015.
Ele voltou a estar ligado ao mundo da F1 no final da década de 90, quando assinou com a equipe Prost, assumindo a função de diretor de desenvolvimento, e ficou até o fim da aventura do tetracampeão em 2001.
Após esse período, ele passou a focar no relacionamento com a Nissan, trabalhando nas equipes da montadora no Super GT e na Super Fórmula, onde conquistou vários títulos.
Nos últimos anos, Divila voltou a trabalhar mais próximo do Brasil, após assinar com Wilson Fittipaldi para ser o diretor técnico da nova Fórmula Vee Brasil em 2016 e, no ano passado, assumiu o mesmo papel na Fórmula 4 Brasileira, programada para estrear esse ano.
Ricardo Divila
Photo by: Reprodução
Confira imagens do Copersucar em ação na F1
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