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Momento é de entrar na F1, acredita Nasr: "Preciso estar no meio"

Piloto quer aproveitar mudança de regulamento e equipes indefinidas para conseguir vaga, seja de titular ou reserva

Depois de dois anos na GP2, mesmo sem ter conseguido uma vitória, o brasileiro Felipe Nasr acredita que é hora de deixar a categoria de acesso e entrar de vez na F1. Seja como titular ou como piloto reserva, de preferência em uma equipe do meio do grid, já que as grandes estão definidas.

“Eu preciso estar no meio, ter essa experiência e aprender tudo, porque ainda não tive essa possibilidade de estar em um carro de F1. Ano que vem tem uma mudança radical no regulamento, a gente sabe, então é como eu falei: pode ter muita surpresa. Vamos supor que a Williams venha a se tornar um carro competitivo... então, para mim, seria uma época ideal de estar começando do zero junto às equipes”, disse Nasr ao TotalRace.

“O caminho ideal seria entrar em uma equipe mediana, pois a maioria está indefinida. Espero que até meio, final de dezembro, a gente tenha definido a situação porque senão fica muito tarde para qualquer outra porta”, acrescentou o brasileiro, que não descarta ser piloto reserva, desde que possa guiar às sextas-feiras.

“Ser reserva não é uma má opção. Os últimos pilotos que entraram na F1 - Gutierrez, Bottas, Hulkenberg -, todos eles fizeram esta sexta-feira durante um ano, sem fazer categoria nenhuma, então, se fizer as sexta-feiras, não sei se vale continuar na GP2. A gente está olhando com calma, mas acho que é uma opção muito boa para me preparar, para conhecer a categoria pensando em 2015”, acredita Felipe.

O piloto também não descarta nem Marussia e Caterham. “Se você comparar uma vaga de reserva com uma vaga de titular em uma equipe pequena, pelo menos você vai ter a quilometragem do ano inteiro, vai aprender esse entrosamento do que é estar numa equipe de F1. Então depende do ponto de vista, depende das opções que vamos ter. Mas o ideal é estar em alguma equipe mediana e poder brigar por resultados, que isso é o que eu sempre quis”, definiu.

Nasr está otimista para entrar na F1 ano que vem, mas como o mercado está em ebulição, ele considera até outras hipóteses. “O mercado da F1 está uma loteria, as coisas mudam muito rápido. Antigamente as equipes se definiam por volta de agosto, setembro e hoje as coisas mudaram, todos estão dependendo de condições financeiras e alguns outros detalhes, mas é assim pra todos. Estou no jogo, estou negociando e vamos o que vai aparecer. Também tenho mercado nos EUA, conheço pessoas lá e temos que seguir a carreira do jeito que for possível. Mas correr na Indy ainda não, oval hoje ainda seria problema e quero a F1, mas não posso dizer nunca”, concluiu.
 

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Guilherme Carvalho
Fórmula 1
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