Monza deve assinar novo contrato com a F1 em fevereiro
Em risco após ameaças de Bernie Ecclestone, GP da Itália pode assinar compromisso até 2023, segundo Automóvel Clube da Itália
Depois de muitos meses de aflição, Monza pode estar próxima de assegurar seu futuro na Fórmula 1. O negócio deverá acontecer nos próximos dias.
O presidente do Automóvel Clube da Itália, Angelo Sticchi Damiani, confirmou que um novo contrato com Bernie Ecclestone, chefão da F1, está perto de ser finalizado para que a corrida seja confirmada até 2020 ou 2023.
"Estamos na reta final para fechar o negócio", disse Damiani à revista italiana Autosprint.
"Nós ainda precisamos discutir alguns pequenos detalhes, mas a base do contrato está decidida. Espero que possamos esclarecer as dúvidas finais nas próximas reuniões. Digamos que o negócio esteja 80% feito. Conto com a assinatura do contrato até o final de fevereiro."
Damiani revelou que as negociações com Ecclestone no ano passado "chegaram a um ponto sem volta", com a corrida devendo apenas cumprir seu contrato atual, que termina neste ano.
"No último GP, Ecclestone estava decidido em parar as conversas e não realizar a corrida a partir de 2017", falou.
"As pessoas com quem Ecclestone estava falando não queriam oferecer o dinheiro que ele pedia, propondo apenas reformar a pista. Mas Matteo Renzi (primeiro-ministro italiano) e Giovanni Malago (presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano – CONI) entraram em cena. Eles se reuniram com Ecclestone e disseram que a Itália queria fechar o negócio.”
"O governo não teria que colocar um centavo e nomeou o CONI para arrecadar os fundos. Eles conseguiram e autorizaram o ACI a fazer o negócio."
De acordo com Damiani, Ecclestone reduziu seus termos e a corrida pôde ser salva.
"Ecclestone queria 28 milhões de dólares (R$ 113 milhões), mas abaixou para cerca de 20 milhões de dólares (R$ 81 milhões), que é mais ou menos o que os organizadores dos GPs da Espanha e da Bélgica pagam", disse Damiani.
"O acordo está quase pronto, apenas alguns detalhes estão faltando. A duração do compromisso é um dos pontos ainda em discussão. Há duas opções: por quatro ou sete anos. No primeiro caso, a corrida está assegurada até 2020. No outro caso, até 2023."
Entende-se que o ACI irá pagar cerca de 60% do novo contrato - 12 milhões de dólares (R$ 48 milhões) - que virão a partir dos lucros do clube. Monza pagará os outros 40% - 8 milhões de dólares (R$ 32 milhões).
Damiani adicionou: "obviamente vou ter que aplicar cortes e uma revisão de gastos rigorosa para cobrir as despesas, mas os custos não serão pagos pelos membros do ACI".
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