Mudanças de última hora na regra dos escapamentos geram polêmica
Martin Whitmarsh, da McLaren, acredita que permissão de última hora a motores Renault beneficia a Red Bull
Primeiro, todos achavam que a restrição a 10% do uso do escapamento como apêndice aerodinâmico quando os pilotos não estavam com o pé no acelerador era uma manobra para diminuir a vantagem da Red Bull. Agora, depois que a nova regra sofreu uma alteração logo na primeira sessão de treinos livres em que seria utilizada, o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, questionou se não estava acontecendo justamente o contrário – o que não agradou em nada seu colega do time rival, Christian Horner, sentado a seu lado na coletiva da FIA, realizada na tarde de hoje em Silverstone.
“As regras são um pouco fluidas e parecem mudar a todo momento. Ficamos um pouco surpresos quando soubemos no meio da primeira sessão de livres que as regras mudaram e tenho certeza de que isso é uma desvantagem para vários times, então estamos tentando lidar com isso no momento.”
Whitmarsh se refere à permissão dada aos motores Renault, utilizados pela Red Bull, de trabalhar com 50% de gases nas freadas, enquanto os outros continuam com 10%. A montadora francesa teria alegado problemas de confiabilidade e falta de igualdade, porque teria sido permitido que a Mercedes, que equipa a McLaren, continuasse usando o overrun - quando o motor está funcionando como freio - em seus propulsores.
“O documento que li dizia que o overrun em quatro cilíndros era permitido para certos competidores o que, acredito, inclui seu motor. Entendemos que, antes da Renault poder mudar seus parâmetros, obviamente havia uma vantagem significativa para todas as equipes com motores Mercedes”, respondeu Horner.
Cada motor tem sua particularidade e, com isso, quando a FIA mexeu na regra, teve que adaptá-la às necessidades e pressões de cada montadora. Com isso, os Renault, usados por Red Bull, Renault e Lotus, poderão usar 50% dos gases em freadas, enquanto os Mercedes da equipe de fábrica, McLaren e Force India, seguem podendo usar o overrun.
De acordo com Whitmarsh, o artifício nos propulsores alemães teria sido restringido e os Renault teriam saído ganhando. “A única coisa que concordo com Martin é que esse tipo de questão complexa deveria ser discutida apenas ao final da temporada. Mas aqui estamos”, finalizou Horner.
A sexta-feira à noite foi marcada por encontros entre os representantes das montadoras e a FIA para resolver o impasse. Acredita-se que amanhã saia uma decisão.
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