No centro da crise de saúde, GP da Itália quer evitar desastre que aconteceu na Austrália
O Clube do Automóvel do país alertou a F1 que não pode cometer um erro de cancelar um GP no último minuto
Em março, a etapa inaugural da temporada 2020 da Fórmula 1, na Austrália, foi cancelada apenas horas antes do início do primeiro treino livre da sexta-feira, 24 horas após um membro da McLaren testar positivo para a Covid-19.
O cancelamento tardio significou que muitos fãs já estavam esperando do lado de fora dos portões do circuito de Albert Park, sem saber o que estava acontecendo. Vários membros da McLaren ficaram no país em isolamento antes de poderem voltar à suas casas.
Desde então, os nove primeiros GPs da temporada foram adiados ou cancelados. Além destes, as etapas da França e da Bélgica estão na berlinda, com suas datas originais em xeque após os países estenderem as proibições de eventos de grande porte.
O Clube do Automóvel da Itália, organizador do GP local, em Monza, marcado originalmente para 06 de setembro, afirmou que uma repetição do que aconteceu em Melbourne seria um "desastre" para o esporte.
"Não podemos mais cometer erros como na Austrália, quando o GP foi cancelado com o público já na pista", disse o presidente do CAI, Angelo Sticchi Damiani, ao jornal Gazzetta dello Sport.
"Isso foi um problema para todos, Liberty Media, as equipes, a organização local. Passar por isso de novo, organizar e começar tudo e ser forçado a parar seria um desastre".
Monza está localizado no norte da Itália, na região da Lombardia, que foi fortemente atingida pela pandemia do coronavírus e continua em confinamento total. Sem um fim da crise em vista, Damiani pede que a F1 siga com cautela.
"Estamos passando por uma situação de muitas incertezas nesse momento e precisamos agir com cautela e atenção", acrescentou. "A prioridade é entender o que está acontecendo nos países que sediam os GPs, além da Itália e do Reino Unido, de onde a maioria do paddock vem".
Quando a F1 decidir iniciar a temporada, Damiani espera que as equipes sejam flexíveis o suficiente para começar a correr em dois meses. Damiani afirmou que as equipes pediam 90 dias de antecedência, o que pode ser crítico para a realização do GP da Itália, no início de setembro.
"As equipes pediram um aviso de 90 dias de antecedência para começar, e acho que em julho já seria tarde", afirmou. "Talvez deveriam repensar e concluir que 60 será suficiente".
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