Perez: "Tenho consciência de que tenho talento para fazer grandes coisas"
Mexicano diz que sequer prestou atenção à mensagem de rádio de que a Sauber precisava do segundo lugar e homenageia cadela
Sergio Perez teve Fernando Alonso em sua alça de mira na luta pela vitória do GP da Malásia quando ambos pararam nos boxes para colocar os pneus slick. Tendo permanecido na pista uma volta a mais que o espanhol com os pneus intermediários, o mexicano perdeu contato e teve de tirar a diferença novamente.
Quando se aproximava do espanhol pela segunda vez, ouviu na equipe: “precisamos dessa posição”. O fato de ter perdido o controle do carro momentaneamente logo em seguida despertou desconfianças, que Perez prontamente abafou em entrevista acompanhada pelo TotalRace.
“Não teve nada a ver. A verdade é que estava tão focado em caçar o Fernando que sequer prestei atenção. Sabia que era importante, porque podia ser minha primeira vitória. O importante foi que tivemos um segundo lugar”.
Polêmicas à parte, o mexicano dedicou o segundo lugar à cadela Frida, um mastim de estimação que morreu recentemente, e Carlos Slim, dono da Telmex, que o apoiou por grande parte da carreira.
“A Frida, minha cadela, me motivou muito. Minha família foi muito importante, Deus e Carlos Slim, que me apoiou nas horas boas e nas más. Tenho muitas pessoas que me apoiaram, mas creio que essas são as mais importantes”.
Após uma performance tão impressionante, em que foi o mais rápido da pista por boa parte da corrida, Perez não quer pensar no que o futuro lhe guarda. Em sua segunda temporada na F-1, o piloto é bastante cotado para substituir Felipe Massa na Ferrari, mas não parece se importar muito com isso. Pelo menos por enquanto.
“Penso apenas no presente. Na F-1 tudo muda a cada instante. Depois de um fim de semana é o melhor e depois de outro o pior. Tenho consciência de que tenho talento para fazer grandes coisas, mas tenho de trabalhar muito e demonstrar”.
Primeiro piloto mexicano a ir ao pódio em 41 anos, Perez agradeceu o apoio de seu país. “Consigo imaginar [a festa da torcida]. Meu país sempre me apoia muito. Foi uma vitória que se foi, mas vou seguir trabalhando para conseguir bons resultados”.
Festa no México e na equipe Sauber, cenas que chegaram a assustar o piloto de 22 anos, que foi vice-campeão da GP2 em 2010. “Não estou acostumado com um pódio assim, quando sai do carro e vê tanta gente gritando até assusta. Seria um sonho para mim vencer nessas condições e ter batido Alonso.”
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