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Pilotos chamam novo pneu duro de “desastre” e “chocante”

Falta de aderência e alto desgaste fazem com que Rubens Barrichello chegue a falar em cinco paradas para a corrida

Pneus: com novos compostos, Barrichello acredita que pilotos podem bater o recorde de pit stops

 

Os pilotos não pouparam críticas ao novo pneu que a Pirelli trouxe para Barcelona, mais duro. Depois das duas primeiras sessões de treinos livres, Rubens Barrichello chegou a prever cinco pit stops se a corrida fosse hoje, tamanha a degradação.

“Não é uma previsão, é um sentimento: talvez possamos bater o recorde de pit stops na F-1, com cinco paradas para cada. É claro que, se não chover, a pista melhora, tem GP2, GP3 e a gente pode ficar entre três e quatro, mas, se a corrida fosse hoje, eu teria que fazer cinco paradas”, afirmou Rubens Barrichello ao TotalRace.

O problema, para o piloto da Williams, é o fato dos pneus novos escorregarem mais, e, com isso, se desgastarem mais rápido.

“Ele é mais duro ainda que o da Turquia, então não oferece aderência e, por isso, escorrega demais.” 

Massa não foi tão longe, disse acreditar que quatro paradas para domingo já seria um número alto, mas também foi bastante crítico aos novos compostos duros.

“É melhor nem comentar a mudança de pneu, porque atrapalhou muito para entendermos o que tínhamos trazido de novo no carro. Ele não tem aderência nenhuma e muito desgaste. Acho que as mudanças têm que melhorar e não piorar. Ele é 1s pior e não é mais constante que o outro. Tem coisa errada”, definiu o piloto da Ferrari.

Não foram apenas os brasileiros que reclamaram. A bronca com a novidade era geral no paddock.

“O pneu foi um desastre. Não foi bom guiar com ele. São dois segundos de diferença (em relação ao pneu macio) e eles não duram muito mais. Ele é difícil de aquecer e desliza muito, então é difícil fazê-los durar. Achava que a pista tinha mudado muito em relação à pré-temporada, mas era só o pneu”, revelou Lewis Hamilton.

Jenson Button concordou com o companheiro e se disse “chocado” com a performance dos pneus.

“Acho que ninguém vai querer usá-lo por mais de um stint, então se estão pensando em quatro paradas na corrida, talvez possam mudar de ideia.”

Para o inglês, o mau desempenho do pneu duro vai alterar a maneira das equipes da frente enfrentarem a classificação.

“A diferença entre os compostos é maior, assim como os times menores estão diminuindo a distância para o meio do pelotão. Isso significa que será difícil passar pelo Q1 sem usar pneu macio. E isso deixa um jogo para o Q3.”
Mesmo com todas as queixas, a Pirelli segue acreditando que o novo pneu duro está no caminho certo.

“Tivemos comentários negativos de alguns pilotos, outros positivos – ainda que vocês pareçam só ter ouvido as reclamações. Então há vários que estão felizes”, garantiu Paul Hembery, diretor esportivo da marca italiana. 

O profissional chamou a atenção para o fato deste tipo de pneu ter sido cedido anteriormente às equipes para testes, sem reclamações.

“O pneu é muito diferente, mas por que eles não fizeram esses comentários quando testaram esses pneus na Malásia ou em Istambul? Talvez não tenham testado corretamente ou levado a sério.”

Para Hembery, a valia da mudança no composto é dar mais trabalho para as equipes acertarem os carros.
“Imagino que tenha mudado o equilíbrio do carro e fico feliz com isso, porque é mais um desafio técnico. Temos que analisar os dados, mas o que posso dizer no momento é que há muita diferença na durabilidade e na degradação entre os compostos duro e macio.”

O diretor esportivo reconheceu, contudo, que não esperava uma diferença de cerca de dois segundos entre os compostos.

“Esperava por volta de 1s5, mas creio que seja algo específico do circuito. Deve variar. Estávamos com uma diferença de 1s2 com o composto antigo, mas acho que, com ele, falaríamos em quatro ou cinco paradas, porque não havia muita diferença de durabilidade.”

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