Para o novo diretor técnico da Ferrari, Pat Fry, Canadá tem um pouquinho de Mônaco e Cingapura.
O inglês, que assumiu o posto de Aldo Costa na última corrida, destaca a exigência da tração (como em Monte Carlo) e dos freios (como em Cingapura) no circuito de Montreal, que é semi-permanente, mas afirma que os pneus não preocupam tanto neste fim de semana quanto nos anteriores, isso se o carro tracionar da maneira adequada.
"A corrida canadense pode ser um pouco como Mônaco, pois gira em torno de tração e freadas, apesar de os freios soferem mais estresse aqui. A tração e como os carros usam os pneus nas saídas de curva serão a chave para a vida dos compostos traseiros. Espero que tenhamos menos preocupações com o consumo de pneus em relação ao ano passado, uma vez que os compostos macios e supermacios estão mais duros", fala o inglês, chamando a atenção para os freios, que podem influenciar na parte aerodinâmica.
"A performance dos freios é muito ligada à aerodinâmica (por conta dos dutos de freio: quanto menores, melhor a eficiência do carro), então sempre tentamos andar com os freios bem quentes, assim conseguimos extrair mais performance. Montreal é uma pista extrema com os freios, assim como Cingapura. Na fábrica, usamos os freios em dinamômetros especiais para ajustar os níveis de resfriamento desejados, assim vemos a margem que temos e quão estremos podemos ser."
A escuderia italiana, inclusive, segue trabalhando e levará evoluções para a América do Norte: "Existe sempre uma gama de atualizações chegando e neste fim de semana teremos poucas mudanças no difusor e na asa traseira, que trarão um ganho de performance considerável se tudo der certo. Ainda estamos diminuindo a desvantagem para os que estão à frente, levando em conta que os outros também estão trabalhando."
Por fim, Fry comentou a nova fase dentro da escuderia: "Estou um pouco mais ocupado, o que não achei que fosse possível! É um ótimo desafio, existem muitas pessoas talentosas aqui trabalhando muito forte e, se pudermos nos unir para trabalhar em um tempo sensívelmente curto e também a longo prazo podemos evoluir rapidamente."
Veja um programa de 15 minutos fornecido pela equipe, recheado de entrevistas com pilotos e equipe técnica: