Punições também mudam em 2014 e pilotos terão "pontos na carteira"
Regulamento esportivo prevê mais pneus disponíveis, mais testes durante o ano e muita confusão com penas por trocas de motor
A temporada de 2014 também traz novidades no regulamento esportivo, com um esquema de punições diferente para os pilotos e para os motores.
PONTOS NA CARTEIRA: Os comissários darão pontos para cada infração cometida por um piloto. Se ele atingir 12, sua superlicença será suspensa para o GP seguinte e os pontos serão removidos. Cada ponto vale por 12 meses, assim como nas carteiras de motorista convencionais.
DEVOLVENDO A POSIÇÃO NA PISTA: A regra de que um piloto não pode deixar a pista com as quatro rodas e ganhar vantagem com isso segue valendo, mas agora com um adendo: o diretor de prova pode dar a oportunidade, a seu critério, do piloto “devolver” essa vantagem. Por exemplo, ao invés de levar um drive-through, ele pode ser instruído pela direção de prova a devolver uma posição.
PUNIÇÕES CUMULATIVAS: Vemos muitas vezes pilotos do fundo do grid perderem, por exemplo, 10 posições pela troca de câmbio e acabarem, na prática, saindo ilesos. O regulamento agora prevê que este tipo de punição seja cumulativo, ou seja, se um piloto se classificou em 20º e perdeu 10 punições, ele “desconta” três e cumpre as sete restantes na próxima prova. Contudo, a pena não pode ser acumulada por mais de uma prova.
SEGURANÇA NOS PITS: A mudança estava prevista para o ano que vem, mas foi antecipada e já está em vigor. A velocidade nos pits diminui para 80km/h e todos os envolvidos nos pit stops têm de usar capacetes.
MAIS TESTES: Serão permitidos quatro testes de dois dias consecutivos durante a temporada, que serão feitos nos dias seguintes a determinadas etapas nos mesmos circuitos dos GPs.
MAIS PNEUS: Os pilotos terão 12 jogos de pneus à disposição durante o final de semana, um a mais do que atualmente. Esse jogo adicional será do composto mais duro e só poderá ser usado na primeira sessão de treinos livres.
A IMPORTÂNCIA DA CONFIABILIDADE: Além de todas as mudanças técnicas, o regulamento exigirá maior durabilidade de toda a unidade de potência. Hoje, podem ser usados oito motores por temporada, sendo que o piloto perde 10 posições no grid se utilizar o nono. Os Kers, por sua vez, pode ser trocado sem qualquer penalização.
Isso muda para o ano que vem: todos os componentes da unidade de potência serão considerados individualmente e sua troca poderá gerar punição. Cinco unidades poderão ser usadas. Elas são compostas por motor, os geradores de energia calorífica e cinética, o turbo, a bateria e o controle eletrônico. Se toda a unidade for trocada pela sexta vez, o piloto larga do pit lane. Caso isso ocorra com qualquer um destes itens isoladamente, serão 10 posições a menos. Se o mesmo acontecer com um segundo item, serão mais cinco posições.
Com essas mudanças, os motores, que hoje são usados por 2000km, agora terão de sobreviver por pelo menos 4000km, número que pode subir se o calendário de 22 provas for confirmado para o ano que vem.
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