Renault ameaça deixar a F-1 caso nova regra de motores não vingue
Fornecedora dos campeões mundiais Red Bull está pressionando a FIA para que haja uma definição acerca do tema
Com a possibilidade de que as novas regras para os motores de 2013 não saiam do papel – o documento da última reunião do Conselho da FIA deixou a questão em aberto –, a Renault, considerada a principal interessada na mudança, ameaça deixar a categoria.
A montadora francesa, bicampeã de construtores em 2005 e 2006, já vendeu as ações de sua equipe própria, apesar de ainda ceder o nome ao time hoje administrado pela empresa de Luxemburgo, Genii Capital. E, se a adoção de motores mais “verdes” – 1,6l turbo de quatro cilindros – e alinhados com a política da empresa em 2013 não acontecer, pode deixar ainda de ser fornecedora de motores – além da própria Renault, Red Bull e Lotus usam os propulsores franceses.
“Não mudamos nosso pensamento. Dissemos a Jean Todt e Bernie [Ecclestone] que estamos desenvolvendo nosso novo motor porque, quando decidimos continuar na F-1, três condições ficaram muito claras: a primeira era mudar a tecnologia do motor para torná-lo mais relevante, a fim de obter uma ligação entre a F-1 e o produto. A segunda era reduzir custos, e a terceira, obter boa performance”, afirmou à "Autosport" Jean-Francois Caubet, diretor da Renault Sport.
“Reduzimos os custos, estamos indo bem com a Red Bull e com a Renault, mas o problema da relevância para nossos carros de rua continua sendo um ponto chave para nós. Nós sabemos que a Ferrari, a Mercedes e a Cosworth estão tendo vários encontros com as montadoras, mas na Renault não mudamos nossa posição”, explicou o francês.
Enquanto os italianos são contra a novidade – o presidente Luca Di Montezemolo chegou a falar que “vocês nunca verão uma Ferrari de rua com quatro cilindros” –, Mercedes e Cosworth estariam preocupados com os custos da mudança.
“Queremos entender quem está comandando o esporte. O custo da F-1 para a Renault é de cerca de 100 milhões de euros e você não pode mudar de direção de uma hora para a outra. Gastamos 10 milhões no novo motor e temos 20 pessoas trabalhando nisso na Renault – dá para imaginar mandá-los parar tudo?”
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