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Seis anos após acidente e visitas a hospital em Paris em 2019, estado de saúde de Schumacher permanece pouco claro

Acidente de esqui completa seis anos neste domingo. Família permanece com política de dar poucas notícias sobre estado de saúde de heptacampeão mundial de F1

Michael Schumacher, Mercedes AMG F1

Há exatos seis anos, Michael Schumacher sofria o acidente mais grave de sua vida, mas não nas pistas da F1. Enquanto esquiava em Meribel, na França, o alemão bateu em uma pedra, caiu e chocou a cabeça em outra rocha, mais à frente. Segundo relatos, o impacto foi tão grande que o capacete que usava quebrou.

Após período em coma, uma transferência para um hospital em Lausanne, na Suíça, e a alta para continuar o tratamento em casa, as notícias sobre o estado de saúde do alemão sempre foram escassas, trazendo também muitos boatos, direcionando pela melhora, quanto para até à sua morte.

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Segundo o editor da edição alemã do Motorsport.com, Stefan Ziegler, há uma blindagem da família e uma espécie de ‘acordo de cavalheiros’ com a imprensa e a família.

“Nós apenas falamos sobre Schumacher quando há notícias vindas da família”, diz Ziegler. “Por outro lado, existem várias revistas e sites que relatam todo o tipo de coisa, que em sua maioria estão totalmente incorretos ou são de mau gosto.”

“Mas a família Schumacher tem advogados muito bons que trabalham nestes casos, e, geralmente, a multa por quebrar as regras da família é cara. Assim, muitos meios de comunicação não fazem nada por temer punições. Mas alguns fazem isso para vender mais revistas ou conseguir visualizações.”

“O problema é: Sabine e a família não compartilham muita informação. Basicamente é só uma coisa ou outra ao longo do ano. Portanto, muitos 'jornalistas' fazem as suas próprias histórias, infelizmente.”

Tratamento em Paris

A notícia mais recente sobre Schumacher, mas sem grandes detalhes oficializados pela família, foi a ida do alemão ao hospital Georges-Pompidou para um “tratamento secreto”. O jornal Le Parisien foi o primeiro a noticiar, afirmando que Schumi estaria em tratamento com o Dr. Philippe Menasché, profissional referência nas pesquisas de células-tronco.

A publicação também afirmou que Schumacher já havia visitado o hospital duas vezes neste ano, vindo de Genebra, onde mora, de helicóptero. Não há notícias sobre se o jornal chegou a ser processado pela família.

Mais tarde, em entrevista para o jornal Marca, da Espanha, o Dr. Menasché negou que tivesse feito tratamento com células-tronco em Schumacher: “Eu não faço milagres. Minha equipe não está fazendo nenhum experimento - termo abominável que não corresponde com a visão do que seria a medicina."

Filho seguindo passos

Mick Schumacher, filho de Michael, é atualmente piloto da Fórmula 2 e, como membro da família, também não revela o estado de saúde do pai. O máximo que se consegue do piloto, que atualmente faz parte do programa de jovens pilotos da Ferrai, são as comparações com a carreira do pai.

"Ser comparado ao meu pai nunca foi um problema para mim”, disse Mick. “É bem simples, para ser comparado ao maior piloto na história da Fórmula 1 é um objetivo a ser alcançado. Ter ele como ídolo e como meu pai é algo muito especial. Me sinto honrado de ser comparado a ele porque eu posso aprender e tentar melhorar", completou.

Palavra de Massa

Felipe Massa é um dos poucos pilotos que puderam visitar Schumacher nos seis anos desde o acidente, mas assim como amigos e familiares que vão ver o alemão, deixou para os mais próximos darem as informações sobre seu estado de saúde.

“Eles preferem deixar tudo entre eles”, disse Massa durante entrevista ao programa “Bem, Amigos”, do SporTV em 2017. “Eu sei como ele está, tenho essa informação. Mas a família que tem de passar a informação, é a família que tem de dizer como ele está. Continuo sempre torcendo por ele, pela sua recuperação", disse o ex-piloto da Ferrari.

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Carreira de vitórias, títulos e recordes na Fórmula 1:

Schumacher fez parte de programa de talentos da Mercedes na juventude e brilhou pela Ferrari, após passar por Jordan e Benetton. Depois de se aposentar em 2006, o alemão aceitou o convite da Mercedes para se juntar à equipe da marca entre 2010 e 2012. Relembre como foi a carreira do alemão:

1991: Jordan/Benetton - 14º lugar, 4 pontos, 6 GPs
1991: Jordan/Benetton - 14º lugar, 4 pontos, 6 GPs
1992: Benetton - 3º lugar, 1 vitória, 53 pontos, 16 GPs
1993: Benetton - 4º lugar, 1 vitória, 52 pontos, 16 GPs
1994: Benetton - Campeão, 8 vitórias, 92 pontos, 16 GPs
1995: Benetton - Campeão, 9 vitórias, 102 pontos, 17 GPs
1996: Ferrari - 3º lugar, 3 vitórias, 59 pontos, 16 GPs
1997: Ferrari - Desclassificado (2º lugar), 5 vitórias, 78 pontos, 17 GPs
1998: Ferrari - 2º lugar, 6 vitórias, 86 pontos, 16 GPs
1999: Ferrari - 5º lugar, 2 vitórias, 44 pontos, 10 GPs
2000: Ferrari - Campeão, 9 vitórias, 108 pontos, 17 GPs
2001: Ferrari - Campeão, 9 vitórias, 123 pontos, 17 GPs
2002: Ferrari - Campeão, 11 vitórias, 144 pontos, 17 GPs
2003: Ferrari - Campeão, 6 vitórias, 93 pontos, 16 GPs
2004: Ferrari - Campeão, 13 vitórias, 148 pontos, 18 GPs
2005: Ferrari - 3º lugar, 1 vitória, 62 pontos, 19 GPs
2006: Ferrari - 2º lugar, 7 vitórias, 121 pontos, 18 GPs
2010: Mercedes - 9º lugar, 72 pontos, 19 GPs
2011: Mercedes - 8º lugar, 76 pontos, 19 GPs
2012: Mercedes - 13º lugar, 49 pontos, 20 GPs
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