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Senna lamenta 16º lugar: "A punição não muda nada para mim"

Brasileiro foca nos pneus novos após se envolver em confusão com Vergne e ganhar posição com penalização do francês

Bruno Senna saiu de sua Williams irritado com Jean-Eric Vergne, que o atrapalhou na classificação e fez com que o brasileiro não passasse da primeira parte do treino pela primeira vez no ano. Com as punições do próprio Vergne e de Schumacher, o piloto da Williams larga em 16º.

“É uma piada, né? O cara é totalmente sem consideração e acabou com minha chance de passar [para o Q2]. Eu estava tranquilo dentro do Q2, mas é isso aí. Não é frustração. Agora vou largar em 18º, 17º - se ele tomar uma punição – e amanhã não será fácil ultrapassar”, afirmou ao TotalRace logo após sair do carro.

Horas depois, já ciente da punição ao francês, o brasileiro mostrou resignação com sua classificação. “Para mim, não muda grandes coisas com essa penalização. No final, vou largar em 16º, mas era para estar largando junto do Pastor, em 12º. São coisas que fazem a diferença, mas agora é correr atrás do prejuízo.”

“Ele veio me pedir desculpa. No final das contas, ele sabe que não dava para olhar as coisas de outra forma. Ele foi honesto. A relação pessoal segue a mesma, agora é o trabalho na pista que será duro amanhã.”

Perguntado sobre o que espera do rendimento da Williams na corrida de amanhã, Senna afirmou que “não dá para saber”, principalmente depois que ele e Maldonado sofreram com a dianteira mais solta do carro na classificação.

“Com certeza, faltou um pouco na classificação. Pastor sentiu, como eu também, um pouco a frente do carro. Acho que eu tinha um pouco mais para tirar, mas não tive a oportunidade. A gente teve sempre perto do Pastor em todas as voltas do final de semana. É uma pena não ter classificação limpa justamente no final de semana em que todas as coisas estão indo bem.”

O lado bom para Senna é que o brasileiro fará toda a prova usando pneus novos. “Amanhã, pelo menos ter quatro jogos de pneus novos, o que será importante para fazer uma corrida agressiva. Veremos a condição de temperatura – vai estar mais calor e com mais vento – e acho que vamos ter muito trabalho para ultrapassar.”

O piloto lembrou da situação em que se encontrava na última prova, quando, após bater na classificação e ser punido com a troca do câmbio, largou na penúltima fila em um circuito de rua e, ainda assim, antes de quebrar, andou entre os dez primeiros.

“O pior cenário possível era largar em 22º em Cingapura e chegar nos pontos. Consegui fazer isso, então não dá para desistir. É sempre possível pontuar, mas é claro que ter que passar 10 carros para chegar lá é mais difícil do que três.”

O companheiro de Bruno, Pastor Maldonado, também saiu da classificação frustrado com o 12º lugar.

“Não sabemos o que aconteceu”, afirmou ao TotalRace. “As coisas não funcionaram como esperávamos, é difícil saber. É quase impossível ultrapassar aqui. Temos de atacar na estratégia e ver o que acontece nas primeiras voltas. Temos de fazer uma corrida consistente, com um bom ritmo.”

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