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Em recuperação, Correa critica FIA e afirma: "Eu posso voltar"

Após forte acidente em Spa no ano passado, Juan Manuel Correa está em processo de recuperação com um objetivo claro: voltar a correr

Juan Manuel Correa, Sauber Junior Team By Charouz

Nos últimos meses, o piloto americano da Fórmula 2, Juan Manuel Correa, tenta se reabilitar, para poder entrar novamente em um carro de corrida. Em agosto do ano passado, ele se envolveu em um forte acidente durante a primeira prova da F2 no Circuito de Spa-Francorchamps, que terminou com a morte do também piloto Anthoine Hubert.

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Correa, que chegou a estar com o estado de saúde crítico após o acidente e precisou ser colocado em coma induzido devido a dor, se encontra em processo de recuperação. Segundo o piloto, ele lembra de algumas partes do acidente:

"Lembro-me de tudo que aconteceu até o momento em que perdi a consciência. No dia seguinte, acordei no hospital. Vi minhas pernas e o quanto elas ficaram feridas. Eu estava sofrendo muito, mas o momento mais difícil foi quando soube que Anthoine havia morrido", disse Correa ao canal de TV alemão RTL.

Do acidente, ainda restam as cicatrizes e o aparelho ortopédico na perna direita. Mas, para o piloto, sua situação poderia ter sido pior, devido à falta de ajuda após a entrada no hospital:

"Todo mundo foi para Monza no dia seguinte ao acidente. Eu fiquei no hospital e quase morri quatro dias depois. E não havia ninguém da FIA ou quem quer que seja para cuidar de mim. A razão de eu quase ter morrido foi por causa do impacto da força G, que você só tem em um acidente dessa seriedade. Os médicos não sabiam o que fazer porque nunca tinham visto alguém sobreviver a um impacto tão grande".

Os primeiros dias após o acidente foram os mais complicados para o piloto. Além das múltiplas fraturas e insuficiência respiratória, Correa quase teve seu pé direito amputado. Exibiu ao mundo o início de sua recuperação em outubro, quando divulgou um vídeo dando seus primeiros passos com o apoio de um andador. Hoje, mesmo com a perna direita ainda imobilizada pelo aparelho, o americano já voltou a trabalhar no simulador, com um objetivo claro:

"Eu posso voltar. Não consigo prever nada, porque é a lesão mais complicada que poderia ter acontecido. Isso pode fazer a diferença no tempo de recuperação. Mas mesmo que demore anos para voltar, eu voltarei. Tenho certeza disso. Sinto falta de correr todos os dias".

"Se eu fizer todo o possível durante o processo de reabilitação, posso imaginar que um dia consigo chegar à F1. Por que não? Não tenho danos acima da cintura, que é o mais importante. Só preciso garantir que minha perna esteja boa o suficiente".

Mesmo com o acidente, Correa não deseja que sejam feitas modificações na pista de Spa: "Essa é uma curva lendária e, para ser honesto, poderia ter sido em muitas outras curvas. Adoro esse canto e a pista é uma das minhas favoritas no simulador. Não sei como voltaria para lá na vida real. Mas não, não devem mudar a curva", concluiu.

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