De 'chutado da Red Bull' a bi da Fórmula E: a carreira de Vergne, que faz 30 anos
Atual bicampeão da F-E completa 30 anos de uma trajetória com passagens por diversos campeonatos de monopostos
Neste 25 de abril, o bicampeão da Fórmula E, Jean-Éric Vergne completa 30 anos de uma trajetória com passagens em alguns dos principais campeonatos de fórmula do mundo, incluindo três temporadas disputadas na Fórmula 1. Mas, inegavelmente, seu melhor momento veio recentemente, já na F-E. Conheça um pouco mais sobre a trajetória do piloto francês.
Vergne nasceu em 1990, na cidade de Pontoise, no norte da França, e já com quatro anos começou a andar de kart, tendo uma pequeno incentivo em casa: seu pai é dono de um kartódromo próximo à Paris.
Sua primeira competição oficial de kart foi em 2000 e ficou na categoria até 2007. Nesse período disputou eventos nacionais e internacionais de kart, conseguindo o vice no francês de kart Rotax e o vice na classe para pilotos com mais de 14 anos no Campeonato Europeu de Kart de 2005, perdendo para James Calado, que também corre na Fórmula E atualmente.
Em 2007, ele fez a transição para os monopostos, começando com a Fórmula Renault Campus Francesa, onde ele foi campeão de primeira, conseguindo dez pódios em 13 corridas. Isso levou Vergne a conseguir uma das cobiçadas vagas da Academia da Red Bull.
Entre 2007 e 2011, Vergne disputou diversos campeonatos de Fórmula pela Europa, chegando a conquistar a Fórmula 3 Britânica em 2010, onde bateu James Calado, se vingando da derrota no Europeu de Kart.
Vergne chegou oficialmente à principal categoria do automobilismo mundial em 2011, quando passou a ser piloto de testes da Toro Rosso. No ano seguinte, garantiu sua vaga na equipe, tendo ao seu lado outro piloto da Academia da Red Bull, Daniel Ricciardo.
Foi preciso apenas duas corridas para que conseguisse seus primeiros pontos na F1, ao terminar em oitavo no GP da Malásia, resultado que voltou a repetir outras três vezes ao longo do ano, terminando em 17º no mundial, uma posição a frente de Ricciardo.
Por mais que tenha subido na classificação nos dois anos seguintes, Vergne não chegou a obter resultados muito expressivos com a Toro Rosso, tendo dois sextos lugares, no Canadá em 2013 e em Singapura em 2014, como suas melhores posições de chegada.
No meio da temporada de 2014, Vergne descobriu que ficaria sem vaga na Toro Rosso, com o anúncio de Max Verstappen como o novo piloto da equipe, correndo ao lado de Kvyat. Só que a saída de Vettel da Red Bull pouco depois abriu uma possibilidade de permanência do francês na equipe, já que Kvyat passaria à equipe principal.
Mas poucos dias após o GP de Abu Dhabi, que encerrava a temporada, a Toro Rosso confirmou a saída de Vergne da equipe, que havia assinado com Carlos Sainz.
O relacionamento de Vergne com a F1 não acabou logo que saiu da Toro Rosso. Após sua saída da equipe, assinou com a Ferrari para atuar como piloto de testes, onde ficou até o final de 2016.
Jean-Eric Vergne, Techeetah, wins
Photo by: Sam Bagnall / Motorsport Images
Só que demorou poucos dias para que Vergne encontrasse sua próxima categoria no mundo do automobilismo. Cerca de duas semanas depois, ele já estava correndo pela Fórmula E, na terceira etapa da temporada inaugural da categoria, em Punta del Este, com a Andretti Autosport, tendo Matthew Brabham ao seu lado.
Participando de duas corridas a menos na temporada, Vergne ainda conseguiu terminar em sétimo no campeonato de pilotos, apesar de resultados irregulares. O francês subiu duas vezes ao pódio, com um segundo lugar em Long Beach e um terceiro na primeira prova de Londres, mas abandonou em outras quatro oportunidades.
Após uma passagem pela DS Virgin em 2015-16, Vergne chegou à Techeetah em 2016-17 e teve um ano regular, conquistando sua primeira vitória na categoria em Montreal, começando a ensaiar o que mostraria nas duas temporadas seguintes...
Em 2017-18, conquistou quatro vitórias, um segundo e um terceiro lugar e terminou com o seu primeiro título da F-E, sem ter um piloto que realmente pudesse desafiar seu domínio naquele ano. A situação se repetiu em 2018-19, quando conquistou o bicampeonato mesmo tendo uma temporada mais irregular, abandonando uma prova e terminando quatro das 13 provas fora da zona de pontuação.
Infelizmente a situação do francês na temporada atual da F-E, que está paralisada devido à pandemia da Covid-19, é muito diferente de seus dois anos anteriores. Das cinco etapas disputadas, Vergne subiu ao pódio apenas uma vez, em Marraquexe e abandonou outras duas. No momento, ele ocupa apenas a oitava colocação no mundial, enquanto seu novo companheiro de equipe, António Félix da Costa, é o líder do campeonato.
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