Parceiras, Nissan pode substituir Renault na F-E
Acordo pode ajudar equipe de Fórmula 1, mas conflito pode prejudicar Sebastien Buemi em sua jornada dupla F-E/WEC
A aliança entre Renault e Nissan, uma das maiores parcerias do setor automotivo do mundo, vem discutindo como melhorar suas operações em programas de automobilismo para benefício das marcas francesa e japonesa.
Além de se juntar à Fórmula E para a temporada 2015/16, a Renault retornou à Fórmula 1 como equipe no ano passado. Ela gastou cerca de £ 150 milhões (cerca de R$ 620 milhões) em 2016, sendo um pouco mais da metade deste montante foram financiados.
Largar o seu bem sucedido programa na Fórmula E permitiria adicionar mais de £ 10 milhões (R$ 41 milhões) ao time na F1.
Enquanto isso, a Nissan procura um programa emblemático de automobilismo, já que o projeto na LMP1 no WEC falhou ao final de 2015.
Sendo um dos maiores vendedores de carros elétricos do mundo, esta seria a opção ideal para a aliança manter uma presença na Fórmula E, no lugar da Renault.
O Motorsport.com apurou que nenhuma decisão foi tomada e nada está garantido, mas a Nissan seria a primeiro fabricante japonesa da Fórmula E na próxima temporada.
Quando perguntado pelo Motorsport.com, um porta-voz da Nissan disse que não "comentaria especulações".
A Renault venceu os títulos de pilotos e equipes da Fórmula E em 2015/16 e lidera em ambos os campeonatos na atual temporada, com Sebastien Buemi ganhando cinco das seis primeiras corridas.
Também iniciou o processo de desenvolvimento e homologação para um powertrain de Fórmula E de 2017/18 (motor, inversor e câmbio).
Esse powertrain também será fornecido à Techeetah, que fez um acordo de dois anos com a Renault.
A adoção da tecnologia da Renault para a próxima temporada, poderia facilitar uma entrada da Nissan na Formula E já em 2017/18.
Isso permitiria que a NISMO se aclimatasse à série com um pacote técnico competitivo antes de financiar o desenvolvimento de seu próprio powertrain em 2018/19.
Se a Nissan assumir a entrada da Renault, a expectativa é que ela permaneça alinhada com a e.dams, embora a sua chegada traria um ponto de interrogação significativo sobre a participação contínua de Buemi na Fórmula E.
O piloto suíço corre para a Toyota no WEC e conflitos de datas da Fórmula E e WEC colocariam uma pressão adicional na participação dupla nesta temporada, com Buemi contratualmente sendo obrigado a priorizar a Toyota.
É improvável que a Toyota dê uma permissão ao suíço para representar uma fabricante japonesa rival em outra categoria.
Desde o final do programa na LMP1, a NISMO, o braço do programa de automobilismo da Nissan, se manteve ativa em seus projetos na Super GT e Blancpain GT3, e com o fornecimento de motores em protótipos de corrida.
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