De Ferran exalta Alonso: “Mostrou o quão completo é”
Ao Motorsport.com, conselheiro do espanhol durante a Indy 500 diz que piloto da McLaren poderia estar na briga pela vitória caso não quebrasse
Escolhido para ser o mentor de Fernando Alonso durante sua estreia nas 500 Milhas de Indianápolis, em maio, Gil de Ferran considera que a participação do espanhol teve saldo amplamente positivo na pista e que a experiência mostrou mais uma vez o quão completo o bicampeão da F1 é ao volante.
Ao Motorsport.com, o brasileiro, que ganhou a lendária prova em 2003, revelou que não detectou grandes falhas em Alonso, mesmo que se tratasse de sua estreia em uma corrida em oval.
“O ponto forte do Alonso é que ele não tem ponto fraco! Conforme o evento foi se desenvolvendo, foi ficando cada vez mais claro para mim o quão sem defeitos ele é”, elogiou o bicampeão da CART.
“Não diria que foi bem uma surpresa, porque não penso em expectativas. Fui sem expectativa nenhuma porque, às vezes, as expectativas não te deixam enxergar de forma clara as coisas que estão à sua frente. Mas o que ficou claro é o quão completo ele é como piloto. Ele tira uma nota alta em todos os quesitos necessários para ser um piloto da qualidade que ele é.”
De Ferran reforça que Alonso mostrou qualidades em tudo o que foi necessário de sua parte durante a prova. “Um piloto para ser bom precisa ter, sei lá, uns 50 pré-requisitos diferentes: saber quando ser mais agressivo, quando tomar tal decisão, ter controle emocional, saber se o carro é rápido, ser bom na relargada... Realmente o Fernando, durante a prova, mostrou que sabe fazer tudo muito bem. Ele estava com o controle da situação, e isso me chamou muito a atenção.”
Alonso abandonou a prova na volta 179, quando sofreu uma quebra de motor. Segundo De Ferran, o espanhol tinha totais condições de se destacar nas intensas voltas finais e brigar pela vitória, que acabou nas mãos de Takuma Sato.
“Estávamos em uma situação boa. Houve uma relargada em que ele estava atrás de um retardatário, e isso o fez perder algumas posições. Mas foi por causa do retardatário, não culpa dele. Mas eu acho que estávamos em situação muito competitiva para estar disputando nas últimas voltas – como o Sato esteve. Logo antes de quebrar, ele estava junto do Sato. Não vejo por que ele não estaria lá junto, na mesma briga”, analisou.
O ex-piloto preferiu não especular a respeito de um possível retorno de Alonso às 500 Milhas, mas assegurou que, caso isso aconteça, o bicampeão da F1 estará definitivamente pronto para vencer. “Sempre que você faz um evento de novo, você dá uma polidinha em todas as coisas, mas é difícil de apontar uma única coisa específica.”
Apesar de a desejada vitória ter escapado das mãos, De Ferran gostou da experiência de ter trabalhado de perto com o astro da F1. “O Fernando é um cara muito bacana, muito agradável. Foi uma experiência ótima em todos os sentidos, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. Nos demos muito bem, essa é que é a verdade”, completou.
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