Entrevista

Em 2º ano na Indy, Leist destaca evolução, amizade com Tony e diz: ‘Ainda não é o momento de vencer corrida’

Brasileiro de 20 anos da AJ Foyt falou com exclusividade ao Motorsport.com

Matheus Leist, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet, Tony Kanaan, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Matheus Leist, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet, Tony Kanaan, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Phillip Abbott / Motorsport Images

Colaboraram Gabriel Lima e Carlos Costa*

Matheus Leist inicia sua segunda temporada na Indy neste fim de semana, em São Petesburgo. O brasileiro de 20 anos novamente será companheiro de equipe de Tony Kanaan na AJ Foyt.

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A equipe da lenda do automobilismo não teve seus melhores resultados em 2018 – Tony conseguiu 4 Top 10’s -, mas espera uma melhora em 2019, para aí sim conseguir chegar nas gigantes da Indy e brigar por vitórias em 2020.

“Tendo em vista os resultados do ano passado, é difícil falar. Acho que ainda não é o momento de a gente vencer corrida, tem bastante coisa para melhorar, não só questão de velocidade de pista assim como outras coisas na equipe em si, então é um projeto de longo prazo”, disse o piloto, ao Motorsport.com Brasil.

O projeto da Foyt, que usará novamente os motores da Chevrolet, visa mais o ano de 2020

“Eu e o Tony sabíamos desde o início do ano passado que ia demorar um certo tempo para gente conseguir andar na frente. Ano passado não foi muito bom e a gente não conseguiu alcançar os objetivos que a gente queria, mas nesse ano estamos traçando os objetivos e tentando melhorar. A ideia é andar entre os 10 ou 12 primeiros para em 2020 ter um ano mais constante e brigar por vitórias”, completou.

O brasileiro falou sobre sua evolução do seu primeiro ano na categoria, onde não conseguiu chegar entre os 10 primeiros em nenhuma corrida, mas andou bem em diversas oportunidades, como em São Petesburgo, onde se classificou em terceiro, e nas 500 Milhas de Indianápolis.

Matheus Leist, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Matheus Leist, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Photo by: IndyCar Series

“Meu primeiro ano de Indy foi muito bom. Apesar dos resultados não terem sido os melhores, eu aprendi muito. Foi, provavelmente, o ano em que eu mais cresci como piloto em toda a minha carreira. Também tenho que destacar que eu sempre tive uma equipe super boa me apoiando durante todo meu amadurecimento, assim como um companheiro de equipe muito bom também. Então foi super bacana e me vejo hoje um piloto muito mais completo indo para a minha segunda temporada de Indy”.

“O objetivo pessoal é continuar desenvolvendo o carro. Eu também continuar a melhorar eu mesmo como piloto e pessoa, isso é super importante. Todo o trabalho feito fora da pista é tão importante, senão mais, que o trabalho feito dentro da pista, então a gente vai estar num constante trabalho duro todos os dias para conseguir alcançar meus objetivos. Em termos de resultados, acho que se a gente conseguir andar entre os 12 primeiros vai ser ótimo para a nossa equipe no campeonato. Mas, em relação a Indianápolis, acho que ano passado a gente andou super bem na prova mais importante do ano, então acho que a gente pode conseguir brigar pela vitória. Esses são os objetivos da temporada”, analisou Leist.

 

O brasileiro veio da Europa e foi para a Indy Lights em 2017. Depois de vencer três provas na categoria de acesso logo em seu primeiro ano. Ele recebeu a proposta da AJ Foyt e não titubeou para fazer o pulo direto para a Indy.

“Me virei super bem em 2017 e senti que estava pronto desde o começo. Acho que essa questão nunca foi uma dúvida para mim. Obviamente tinha coisa para aprender ainda, assim como foi para todo mundo, todo piloto nunca chega pronto e todo piloto tem sempre alguma coisa pra aprender. Se perguntar pro Tony hoje ele ainda está aprendendo alguma coisa mesmo depois de 20 anos de carreira. Então acredito que mais um ano de IndyLights para mim seria perda de tempo e a quantidade de coisas que aprendi na Indy tendo o Tony como meu companheiro de equipe, tenho certeza que eu jamais conseguiria em qualquer outra categoria do mundo. Então tenho certeza que foi a decisão correta e agora só tenho que olhar em frente e continuar trabalhando forte para conseguir objetivos e resultados”.

Matheus Leist, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Matheus Leist, A.J. Foyt Enterprises Chevrolet

Photo by: Scott R LePage / LAT Images

Leist tem do seu lado uma das lendas da categoria. E o piloto gaúcho falou sobre sua relação com Tony Kanaan como companheiro de equipe, ressaltando a amizade dentro e fora das pistas com o compatriota.

“Minha relação e do Tony é super bacana porque a gente acabou virando super amigos. Foi uma coisa boa para nós. A gente sempre se ajuda e dá bastante risada na pista, e na hora de acelerar, das coisas sérias, a gente também está trabalhando bastante buscando o melhor para a nossa equipe”, disse Leist.

“Ano passado foi um ano bacana, o Tony me ajudou muito desde o começo. Desde quando a gente ia pro simulador juntos, ele me deu muitas dicas. E quem é piloto sabe: uma das coisas mais importantes é ter alguém com experiência ao teu lado, que possa te ensinar coisas novas e te fazer evoluir. E fora a parceria dentro da pista, fora da pista também a gente vem fazendo bastante coisa junto: malha junto, pedala junto, faz os eventos dos patrocinadores juntos, então é uma relação super bacana e estou super feliz de ter ele como meu companheiro de equipe”, completou.

A temporada da Indy começa neste domingo, às 14h30, com o Grande Prêmio de São Petesburgo.

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