Senna, sobre 4º lugar em Le Mans: “Não dá para reclamar”
Protótipo #1 da Rebellion teve contratempos do início ao fim da prova, e brasileiro reconhece: “Tem muita coisa para melhorar ainda”
Quarto colocado na classificação geral das 24 Horas de Le Mans de 2018, Bruno Senna ficou conformado com a posição e considerou que “não pode reclamar muito” depois de uma prova repleta de problemas.
O protótipo do brasileiro, o #1 da Rebellion que divide com André Lotterer e Neel Jani, fechou a prova atrás das duas Toyotas e do outro carro do time, o #3, de Gustavo Menezes, Mathias Beche e Thomas Laurent.
A corrida começou complicada para o time, com Lotterer sofrendo um acidente e precisando ir aos boxes para reparar o bico. Depois disso, o #1 foi ganhando terreno, mas enfrentou diversos outros contratempos – problemas técnicos, mecânicos e punições.
“Foi uma corrida bem difícil para a gente, com problema desde o começo. A gente conseguiu brigar de volta algumas vezes, mas toda vez que a gente chegava ali na briga, acontecia mais alguma coisa, mais problemas”, disse Senna, em entrevista ao Motorsport.com Brasil logo após a prova.
“Enfim, fomos brigando até onde podíamos e, no fim, já não tinha mais o que fazer. Pelo menos os dois carros terminaram, e para a estreia da equipe [no retorno à LMP1] não dá para reclamar muito. É a primeira vez do carro em uma corrida de 24 horas, os dois carros terminarem foi positivo.”
Senna afirmou que o problema com Lotterer no início da disputa não foi a maior das preocupações. “É melhor ter um problema no começo do que no fim, porque há mais tempo para se recuperar. A gente conseguiu se recuperar durante a corrida na estratégia, com as coisas acontecendo. Se não tivesse acontecido no começo [e sim no fim], talvez a gente não conseguiria se recuperar”, analisou.
Contudo, o brasileiro se mostrou incomodado com a clara vantagem que a Toyota possui em termos de ritmo, o que o fez lembrar de sua primeira aparição em Le Mans. “Honestamente, deu um pouco de flashback de 2009, porque ali era a mesma coisa: competindo com carro privado contra as fabricantes e não tinha corrida, era só o esforço para terminar.”
“A diferença é que, como tem apenas uma equipe oficial, a corrida ficou centrada neles. Então, a equivalência de tecnologia precisa ser muito revisada para a gente poder ter corrida mesmo, senão é o show da Toyota.”
Por fim, Senna espera que a participação em Le Mans seja o pontapé inicial em um processo de crescimento da equipe. “Tem muita coisa para melhorar ainda. A equipe, o carro em si, tá todo mundo ainda cru. Não tem ninguém pronto para o desafio de verdade. Vamos ter que fazer muita, muita melhora para poder competir direito.”
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