Últimas notícias

Paralisação por coronavírus coloca Moto2 e Moto3 em xeque

Enquanto as equipes da MotoGP conseguem resistir ao impacto causado pelo Covid-19, a inatividade põe em risco a viabilidade de equipes da Moto2 e Moto3

Tetsuta Nagashima, Red Bull KTM Ajo

"Sendo honesto, no momento não vejo como conseguiremos executar o último trecho do calendário atual". Esta frase foi dita em uma conversa telefônica do Motorsport.com com o chefe de uma das equipes da Moto3, devido à seriedade da situação e que, pela sinceridade de seu testemunho, prefere não divulgar seu nome.

A despesa de uma equipe da MotoGP é muito maior que a de uma equipe da Moto2, que é maior ainda que a da Moto3. Ao mesmo tempo, o retorno financeiro é muito maior, porque o foco da atenção está, na maioria dos casos, na categoria rainha.

Leia também:

Até o momento, a Dorna, promotora do Mundial, marcou para 03 de maio, a primeira corrida da temporada, no GP da Espanha, em Jerez. No entanto, a queda de eventos sugere que esses prazos não serão cumpridos e que a temporada, na melhor das hipóteses, começará apenas em junho.

Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, insiste que a ideia é tentar manter o maior número possível de etapas, mesmo que isso leve a temporada até próximo do Natal ou até mesmo o início de 2021. O problema é que, mesmo com isso, parece difícil que as 19 provas sejam realizadas.

"Estamos diante de uma situação sem precedentes. Portanto, nos próximos dias, veremos como podemos resolver isso junto com nossos patrocinadores", afirmou Paolo Ciabatti, diretor de esportes da Ducati, ao Motorsport.com.

"No nosso caso, os contratos que assinamos não tem validade baseada em um número específico de grandes prêmios. Eles entram em vigor desde que participemos do campeonato. Mas, obviamente, é vital saber quando podemos começar a correr e quantos eventos podem ser realizados", acrescentou.

Na MotoGP, a falta de ação causa problemas em todos os níveis que os responsáveis pelo financeiro e patrocínios devem resolver. Mas a magnitude do drama é muito maior nas categorias inferiores, que, obviamente, têm exposição bem menor na mídia. Com menos corridas pela frente, muitas podem estar à beira do precipício.

O orçamento para um ano de Moto2, com dois pilotos, varia entre dois milhões e dois milhões e meio de euros. Na Moto3, cerca de 800 mil euros por ano com dois pilotos.

"Hoje, você olha para todos os detalhes. Lembre-se que os fabricantes vendem motos e que sua principal fonte de renda é essa. O resto de nós só consome, então nossa renda é baseada nos patrocinadores", diz Dani Guardia, coordenador da Pons Racing, equipe da Moto2, em comunicado divulgado à seus funcionários. "A Dorna está procurando maneira de ajudar, mas o problema é que não estamos gerando renda no momento".

"Para nós, os patrocinadores pagam menos, como é lógico. Mas, agora, se tivermos menos corrida, haverá equipes que não serão capazes de chegar ao fim. Os patrocinadores pedirão para cortar gastos e teremos que fazer as corridas de qualquer jeito".

"Além disso, não conseguiremos comprar a passagens para a equipe por não sabermos como irão as coisas. Devemos pensar que a ajuda financeira da organização para as equipes será a mesma, tanto se a corrida for na Espanha ou na Itália, ou se for em outro continente. Com o rascunho atual do calendário, que possui duas ocasiões com corridas em três finais de semana consecutivas, talvez teremos equipes renunciando".

GALERIA: Veja as fotos da corrida da Moto2 no Catar

Stefano Manzi, Forward Racing
Nivolo Bulega, Gresini Racing
Marco Bezzecchi, Sky Racing Team VR46
Marcel Schrotter, Intact GP
Tetsuta Nagashima, Red Bull KTM Ajo
Luca Marini, Sky Racing Team VR46
Luca Marini, Sky Racing Team VR46
Luca Marini, Sky Racing Team VR46
Lorenzo Baldassarri, Pons HP40
Jorge Navarro, Speed Up Racing
Joe Roberts, American Racing
Joe Roberts, American Racing
Hector Garzo, Pons HP40
Fabio Di Giannantonio, Speed Up Racing
Fabio Di Giannantonio, Speed Up Racing
Edgar Pons, Gresini Racing
Bo Bendsneyder, RW Racing GP
Arón Canet, Angel Nieto Team
Arón Canet, Angel Nieto Team
Xavi Vierge, SIC Racing Team
Jorge Martin, Red Bull KTM Ajo
21

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Moto2: Nagashima larga de 14º para vencer com tranquilidade prova no Catar
Próximo artigo ANÁLISE: Explicando o pacote de auxílio de 50 milhões de reais da Dorna para a MotoGP

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil