Márquez insinua que Rossi usa poder midiático para atacá-lo
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, piloto da Honda ressalta que não deixa fatores externos influenciarem desempenho e fala em abordagem mais conservadora na temporada 2016 da MotoGP
A temporada 2016 da MotoGP começa no próximo final de semana em Losail, no Catar. Muitas feridas ainda estão abertas devido à explosiva reta final de 2015, especialmente entre Marc Márquez e Valentino Rossi.
O espanhol, em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, não cita nominalmente o italiano, mas ressalta que alguns pilotos recebem tratamento diferenciado da mídia e do público.
"É óbvio que alguns pilotos têm mais mídia do que outros – eles conquistaram isso. Mas usar o poder midiático para atacar outra pessoa é algo completamente diferente. Toda vez que estou na moto, penso apenas em mim e faço o melhor em meu proveito, dando 100%. Não deixo nada ou ninguém na pista me influenciar”, disse.
Sobre os testes de pré-temporada, Márquez reconheceu as dificuldades técnicas com a moto, mas destacou que a Honda obteve avanços no ajuste da centralina padrão, mas os japoneses ainda enfrentam problemas para encontrar o melhor acerto.
"Em Sepang, estivemos piores do que na pré-temporada anterior, quando terminamos na frente. Percebi que estes testes seriam mais complicados para nós, tínhamos muitas coisas para testar e muitas coisas que deixamos passar, principalmente na eletrônica”.
"No último dia no Catar, entretanto, tivemos avanços significativos. Salvamos nossa pré-temporada ali, graças ao trabalho de todos. Fizemos uma aposta – algumas mudanças radicais no acerto – e colhemos os frutos”, afirmou.
Abordagem mais conservadora em 2016
Márquez deixou claro que não pode cometer os mesmos erros da temporada passada, quando sofreu quedas e perdeu pontos preciosos que o tiraram da briga pelo título.
"No ano passado, os abandonos geraram um prejuízo enorme, especialmente no início da temporada. Eu não me sentia confortável na moto, em muitas situações eu não soube ser mais conservador e me contentar em marcar pontos. Mesmo mais tarde na temporada, ainda cometi alguns erros”, disse.
"Neste ano, a situação mudou bastante. Se houvesse uma corrida em Sepang na época dos testes, Jorge (Lorenzo) venceria com folga, pois ele estava muito mais veloz. Em Phillip Island, no entanto, aconteceu o contrário: ele teve dificuldades e caiu duas vezes. Veremos estes altos e baixos até que tudo se estabilize”.
“De qualquer forma, se encontrarmos um bom acerto, esta é uma moto para vencer corridas, mas não todas as etapas – isso nós deixamos para a Mercedes na Fórmula 1. Na MotoGP, há pistas que favorecem uma fabricante ou outra, então precisamos aprender onde sofrer e onde atacar”, afirmou.
Por fim, o piloto da Honda – que assim como Rossi, Lorenzo e o companheiro de equipe, Dani Pedrosa, entre outros, terá o contrato se encerrando ao final de 2016 – falou sobre o que uma equipe pode oferecer para seduzi-lo a mudar de ares. “Ambição e buscar, com trabalho em equipe, os mesmos objetivos. Estou aqui para conquistar títulos, não pelo dinheiro”, completou.
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