Márquez, Quartararo, Dovizioso: pesquisa mostra nova tendência de popularidade na MotoGP
Uma análise das redes sociais dos pilotos e equipes confirmam as novas preferências e gostos dos fãs
Um estudo, conduzido pela Epsilon Technologies e pela Far Consulting, acompanhou o impacto de 30.000 postagens nas redes sociais feitas por pilotos da MotoGP e das equipes desde o início de janeiro do ano passado até 6 de novembro, quando o campeonato chegou ao fim em Valência.
No total, o espectro da MotoGP gerou mais de 378 milhões de impressões, 150 milhões delas graças às contas oficiais da categoria. A análise, que incide sobre um total de 128 perfis espalhados pelas várias plataformas disponíveis, permite uma radiografia muito aproximada da pegada deixada pela MotoGP nas redes sociais.
Nesse sentido, a Epsilon e a Far Consulting cruzaram os dados obtidos com os obtidos no inquérito global realizado no ano passado pelo MotoGP, Motorsport Network e Nilesen Sports, com uma amostra de mais de 100.000 fãs, de forma a tirar conclusões mais fiéis à realidade.
E a realidade, pelo menos na área que tem focado este trabalho, é cristalina: Marc Márquez é o principal combustível da categoria nas redes sociais, com uma enorme diferença em relação ao restante do grid.
Esta tendência a favor do piloto com melhor histórico entre os concorrentes é lógica e se mantém nas principais plataformas (Instagram, Facebook, Twitter e TikTok). No entanto, ao longo do calendário do ano passado, ele perdeu oito dos 21 eventos devido a várias lesões.
Em termos de canais, a ferramenta mais popular é o Instagram, que nesses 11 meses foi responsável por 82,3% do share total de interações, com mais de 175 milhões. Esta seção merece um olhar mais atento porque traz à tona alguns elementos curiosos.
Um aspecto muito marcante é a brutal diferença no número de torcedores que separa Márquez do campeão mundial de 2021 Fabio Quartararo, que tem cinco vezes menos seguidores que o piloto da Honda.
Fabio Quartararo, Yamaha Factory Rcing
Photo by: Dorna
Ainda mais atrás está o aposentado Andrea Dovizioso - que é o terceiro mais popular - e Maverick Viñales em quarto, enquanto Francesco Bagnaia, o recém-coroado campeão mundial, está em sétimo lugar.
Márquez detém 40% do share total de interações no Instagram, bem acima dos 17% de Quartararo. Um exemplo ainda mais explicativo da predominância do espanhol no aplicativo de fotos se resume ao fato de que os dez posts que mais geraram atividade são dele.
Alex Márquez, o seu irmão, também beneficia da puxada do #93, se tivermos em conta que ocupa o quarto lugar no ranking de 'movimento' do Instagram. O irmão mais novo de Márquez tem um certo truque, já que duas de suas postagens com mais engajamento - acima de 200.000 interações cada - foram feitas em conjunto com Marc.
Além do exposto, esta seção é um grande reflexo do fervor despertado pela série na Indonésia. Aliás, os conteúdos publicados por Miguel Oliveira após a vitória em Mandalika renderam ao piloto português quase um milhão de interações.
Nesse sentido, chama a atenção também que oito das dez postagens de Marc Márquez no Instagram estiveram diretamente relacionadas ao GP da Indonésia, com a queda que o tirou da corrida e causou a diplopia (visão dupla) que o deixou de fora de mais uma corrida, na liderança com 1,6 milhão de reações.
Miguel Oliveira, Red Bull KTM Factory Racing
Photo by: MotoGP
No Twitter é a vertente da história e do debate que explica porque Aleix Espargaró, que não hesita em dar a sua opinião sempre que é questionado, sobe ao terceiro lugar do ranking, com 7% de share, mas muito atrás dos 38% de Márquez , e 11 pontos atrás de Quartararo (18%).
Pelo lado das equipes, o estudo também identifica as diferentes estratégias aplicadas. Enquanto algumas, como a Honda e a Yamaha, dependem sobretudo da atividade gerada pelos seus pilotos de destaque (Márquez e Quartararo), outras, como a Ducati e a Aprilia, procuram tirar o máximo partido dos seus perfis corporativos, maximizando a vitrine oferecida pelas corridas e os sucessos que alcançam neles.
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