Entrevista

Michelin adverte MotoGP: "não há solução milagrosa"

Diretor esportivo da fornecedora oficial de pneus diz que não há milagre para os problemas que os pilotos encontraram nos testes recentes

Marc Marquez, Repsol Honda Team
Logo da Michelin no pit lane
Pascal Couasnon, Diretor da MICHELIN Motorsport com Chip Ganassi
Michelin man
Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing
Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing
Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing
Andrea Iannone, Ducati Team
Yonny Hern·ndez, Aspar Team
Marc Marquez, Repsol Honda Team
Marc Marquez, Repsol Honda Team
Marc Marquez, Repsol Honda Team

A Michelin será a fornecedora oficial de pneus para a temporada 2016 da MotoGP, no lugar da Bridgestone. Em recentes testes realizados em Valência, justamente para coletar informações sobre a performance da borracha, os pilotos relataram problemas na aderência do novo produto.

Para Pascal Couasnon, diretor esportivo da fabricante, parte do problema é o forte grip traseiro e que não há uma solução que vá agradar todos os pilotos.

"Estamos olhando para isso, é claro", disse ao MOTORSPORT.COM. Nossos pneus têm determinadas características e alguns pilotos estão muito felizes com isso. Eu diria que não há nenhuma solução milagrosa, não há uma única solução."

"Oferecemos um pneu que é ligeiramente diferente das outras fabricantes e temos que falar com os membros da 'família MotoGP' para entender o quão longe podemos desenvolver essas características."

Mais tempo necessário

Couasnon acrescentou: "vamos dar aos pilotos um pouco de tempo para entender como os nossos pneus se comportam. Eles têm que aumentar sua confiança."

Questionado sobre o feedback dos pilotos sobre a falta de aderência do pneu dianteiro, ele respondeu: "Isso é algo que estamos trabalhando."

"Mesmo que ainda temos esses comentários, alguns pilotos também dizem que a versão mais recente do pneu é significativamente melhor em comparação aos primeiros testes."

A adaptação aos pneus Michelin não é o único desafio enfrentado pelas equipes e pilotos em 2016. Eles terão que se adaptar também ao novo software da Magneti Marelli.

Mas Couasnon revela que a Michelin não vem trabalhando junto com a empresa italiana, para facilitar a vida para os pilotos: "esse é o trabalho das equipes."

Abordagem modesta e humilde

O diretor acrescentou que a Michelin estava contente com o ritmo mostrado durante o teste de Valência, em que os pilotos estavam geralmente mais rápido do que tinham sido alguns dias antes, durante a última corrida do ano.

Mas, apesar disso, ele diz que o desempenho do pneu pode variar significativamente de pista para pista, se tornando importante Michelin continua a ser "humilde", durante seu retorno.

"Na corrida, cinco pilotos correram abaixo de 1min31, enquanto que nos testes, 15 pilotos ultrapassaram esta marca."

"No entanto, tivemos várias quedas. Vamos precisar de três ou quatro sessões em que os pilotos estejam focados 100% no desempenho dos pneus, para depois ajustar seus estilos de pilotagem."
"Cada vez que você muda de fabricante de pneus, você não pode esperar que todos os problemas sejam resolvidos imediatamente. Esta primeira temporada será cheia de desafios. Não devemos nos iludir."

"Estamos indo para ela com uma abordagem muito modesta e humilde."

Entrevistado por Lena Buffa

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Jamie Klein
MotoGP
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