MotoGP descarta correr na Ásia com portões fechados e interromper GP caso paddock apresente casos de Covid
O CEO da Dorna afirmou que seria difícil para a categoria correr com portões fechados em provas fora da Europa devido aos custos de viagem
Se tudo correr conforme o planejado, a temporada 2020 da MotoGP irá começar daqui exatamente dois meses, em 19 de julho, com o GP da Espanha em Jerez, com portões fechados. A categoria ainda não divulgou o calendário do resto do ano, porém já deixou claro que para voltar à Ásia, será necessário um detalhe importante: o público.
Quando o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta anunciou o acordo para fazer duas provas em Jerez em julho, ele anunciou que o projeto é de fazer dez a doze corridas na Europa e, dependendo da situação, poderiam incluir provas na Ásia ao calendário.
Nesta terça, em entrevista à Fox Sports Asia, porém, Ezpeleta descartou a possibilidade de realizar os GPs na Tailândia, Japão e Malásia, se eles tiverem que acontecer com portões fechados.
"Se possível, gostaríamos de ir para a Ásia, mas as corridas precisam ter os espectadores", disse Ezpeleta. "Correr na Europa com portões fechados é viável, mas ir para a Ásia sem espectadores é difícil devido ao custo de viagem; nesta condição, não seria possível".
A situação vivida devido à crise da Covid-19 varia a cada dia e em cada região. Por isso, Ezpeleta ainda tem esperança de fazer as tradicionais provas asiáticas.
"Estamos conversando com os organizadores para descobrir se é possível ou não. Talvez no início de setembro possamos anunciar se os GPs fora da Europa poderão ser realizados ou não".
Além das provas asiáticas, a MotoGP também corre na América, em Austin e em Termas de Río Hondo e na Austrália, em Phillip Island.
"Nossa idéia é fazer de doze a três grandes prêmios na Europa durante o período de julho a início de novembro e depois mudar para a Ásia e a América, se possível", avançando o campeonato, no máximo, até meados de dezembro.
Pol Espargaro, Red Bull KTM Factory Racing
Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images
"O show tem que continuar"
Além de buscar a formatação do novo calendário, a MotoGP está buscando montar seu plano de segurança sanitária para viabilizar a realização das provas. Algumas medidas já foram anunciadas, como a redução do pessoal no circuito, quarentena obrigatória de 14 dias antes da viagem para Jerez e o cancelamento dos wild cards para 2020.
Já no circuito, a MotoGP pretende fazer testes regulares em todos os presentes para garantir que não haverão casos de Covid-19. No entanto, a Dorna está ciente de que alguém pode estar infectado, mas já possui um plano em elaboração para continuar com o GP mesmo assim.
Em entrevista ao jornal Marca, Ezpeleta disse: "O plano está praticamente concluído. Estamos aguardando para apresentar nossas medidas para aprovação. Temos protocolos em casos de infecção ou sintomas. Mas o certo é que o GP não será interrompido caso tenhamos alguém infectado".
Ezpeleta falou também sobre a disputa das demais categorias que integram o circo do Mundial.
"Estamos avaliando. Assim que tivermos o protocolo com o número de pessoas permitidas, veremos. Em alguns eventos, teremos a MotoE e, em outros, a Red Bull Rookies Cup. Exatamente como ainda não decidimos".
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