MotoGP tira nomenclatura de "satélite" de equipes clientes em novo passo 'estilo F1'
Categoria rainha da motovelocidade quer acabar com a distinção entre equipes de fábrica e equipes satélites sob comando da Liberty Media

Como parte do diálogo contínuo entre as equipes de MotoGP e a promotora da série, Dorna, um dos principais tópicos em discussão é o desejo de eliminar as diferenças atuais entre as equipes independentes e as de fábrica.
O campeonato está entrando em um momento particularmente cativante de todos os ângulos. Embora o burburinho causado pelo retorno de Marc Márquez ao topo tenha sido descrito como um dos retornos mais notáveis da história do esporte, a compra da Dorna pela Liberty Media (e o impacto potencial dessa aquisição) colocou todos no paddock em alerta constante.
Algumas mudanças já entraram em vigor, como a modificação da cerimônia do hino nacional antes da corrida. Outras ainda estão por vir e, entre elas, várias se inspiram no modelo operacional usado na Fórmula 1, cujos direitos comerciais também são de propriedade da Liberty Media.
Esse período é, portanto, crucial, já que as equipes estão negociando com a Dorna o contrato que definirá a estrutura legal para o próximo ciclo de cinco anos, de 2027 a 2031. Além de uma distribuição de receita mais justa entre as equipes, um dos pontos em discussão - e que é praticamente um acordo fechado - é a eliminação da distinção entre equipes de fábrica e independentes.

Fabio Di Giannantonio, Equipe VR46 Racing, Francesco Bagnaia, Equipe Ducati
Foto de: Andreas Solaro / AFP via Getty Images
De 2027 em diante, todas as equipes serão consideradas independentes, em um movimento que reflete a estrutura da F1. O objetivo é que todas recebam o mesmo apoio financeiro da Dorna, embora o valor exato ainda não tenha sido acordado, pois o processo está longe de ser simples.
Atualmente, cada equipe privada recebe 5 milhões de euros, o que cobre o custo do aluguel de motos dos fabricantes. Os construtores, por sua vez, recebem 3 milhões de euros pelo aluguel dos protótipos, uma prática que se aplica atualmente a todos os times.
Essa mudança também visa incentivar novos investimentos no campeonato - empresas que buscam adquirir todas ou parte das equipes existentes, seguindo uma estratégia já comum na F1, onde a maioria dos competidores tem vários acionistas em vez de um único proprietário. A Mercedes, por exemplo, pertence igualmente ao Mercedes-Benz Group AG, ao grupo INEOS e ao chefe da equipe, Toto Wolff.
Na MotoGP, o caso mais recente é o do ex-chefe da Haas, Guenther Steiner, e o grupo de investimento que o acompanha, que há pouco mais de um mês concluiu a aquisição da Tech3.
De acordo com informações obtidas pelo Motorsport.com, a KTM também está explorando a possibilidade de vender uma porcentagem de sua divisão de corridas, que foi anteriormente desmembrada como uma entidade separada e agora opera a partir da Suíça e não da Áustria.
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