Cinco motivos para acompanhar o WEC em 2016
A quinta edição do Mundial de Endurance tem início neste final de semana e o Motorsport.com Brasil elenca cinco razões para acompanhar de perto a temporada 2016 do WEC
No próximo domingo, com as 6 Horas de Silverstone, o Mundial de Endurance dará a largada para a quinta temporada do ainda jovem campeonato de corridas de longa duração - organizado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e pelo ACO (Automóvel Clube do Oeste).
Na temporada passada, a Porsche dominou de Le Mans em diante e venceu entre os pilotos, com o trio formado por Mark Webber, Timo Bernhard e Brendon Hartley, e entre os construtores. Como ‘cereja do bolo’, a equipe de Stuttgart voltou a vencer a prova em La Sarthe – o que não acontecia desde 1998 – com o trio formado por Earl Bamber, Nick Tandy e Nico Hülkenberg, montado no terceiro carro que a equipe colocou na corrida.
No entanto, quais as expectativas para 2016? Há uma série de razões para o leitor acompanhar de perto esta temporada do WEC. O Motorsport.com Brasil destaca abaixo cinco motivos para ficar atento ao Mundial de Endurance neste ano. Confira:
Disputa na LMP1
Olhando para os resultados do Prólogo – os dois dias de testes oficiais – a sensação é de que a Porsche vai dominar a temporada mais uma vez. Entretanto, o leitor não deveria apostar todas as fichas nisso.
Tanto Toyota quanto Audi fizeram carros totalmente novos para este ano, adotando sistemas híbridos baseados nas baterias de íon-lítio, assim como a Porsche já fazia. Além disso, japoneses e alemães migraram de categoria na classificação energética – Audi, de 4MJ para 6MJ; Toyota de 6MJ para 8MJ, mesmo nível da Porsche.
No Prólogo de 2015, a equipe de Sttutgart também foi a mais veloz, mas foi a Audi quem venceu as 6 Horas de Silverstone e as 6 horas de Spa-Fraoncorchamps, na estratégia, além de brigar pelo título até a última prova, mesmo com a superioridade apresentada pela Porsche na segunda metade do campeonato.
Nos testes em Paul Ricard, um detalhe chamou a atenção: em algumas voltas, a Toyota fez parciais mais velozes do que as da Porsche, mas em todas estas voltas os pilotos retornavam aos boxes sem completar os giros. Estariam os japoneses escondendo o jogo? A Audi foi a que menos andou e a mais lenta entre as três, mas não deve ser descartada. Olho na LMP1, portanto.
Pilotos brasileiros
O Brasil ‘invadiu’ de vez o WEC em 2016. Até o momento, o país possui quatro representantes confirmados para a temporada toda, cinco para as duas primeiras etapas e nada menos do que seis nas 24 Horas de Le Mans, divididos entre as classes LMP1, LMP2 e LMGTE-Pro.
Na classe principal, serão dois pilotos, pelo menos até Le Mans: Lucas di Grassi vai para mais uma temporada na Audi, ao lado de Loïc Duval e Oliver Jarvis no #8 – é o segundo ano da formação. Nelsinho Piquet estreia no WEC através da Rebellion, uma das equipes privadas da LMP1. O atual campeão da Fórmula E dividirá o #12 com dois adversários da categoria de carros elétricos – Nicolas Prost e Nick Heidfeld. Piquet, no entanto, está confirmado apenas até a prova em La Sarthe.
Na LMP2, quem atrai mais olhares, sem dúvida, é Pipo Derani. O paddock está de olho no brasileiro e na ESM Tequila Patrón após as vitórias nas 24 horas de Daytona e nas 12 horas de Sebring. Derani estará no #31, dividido com Ryan Dalziel e Chris Cumming.
Além de Derani, Bruno Senna também estará na divisão – com a equipe RGR Sport no #43, junto a Filipe Albuquerque e Ricardo González. Para Le Mans, junta-se a eles Oswaldo Negri, no #49 da Michael Shank Racing, ao lado de John Pew e Laurens Vanthoor.
Na LMGTE-Pro, Fernando Rees vai para o terceiro ano com a Aston Martin, dividindo o #97 com Jonatham Adam e Richie Stanaway. Por enquanto, estes são os representantes brasileiros confirmados no WEC. Não se surpreendam, entretanto, se mais algum piloto do país aparecer para a disputa da prova em La Sarthe.
LMP2
A segunda classe mais forte do WEC tem tudo para ser a mais disputada entre as divisões do Mundial de Endurance. Com pelo menos dez carros para a temporada toda, as disputas devem ser marcadas pelo equilíbrio.
Com os mesmos motores e pneus, um dos aspectos que podem colocar um carro à frente dos demais é a performance dos chassis – as equipes da LMP2 utilizam os modelos da Oreca, Ligier, Alpine, Gibson e a SMP Racing aposta no projeto próprio, o BR01.
Mas, mais do que o chassi, o trabalho dos pilotos será essencial durante as corridas e pode definir o campeonato, como ressaltou Pipo Derani em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil.
Retorno da Ford
A classe LMGTE-Pro tem uma grande novidade para este ano: o retorno da Ford para as corridas de longa duração. Sob o comando da Chip Ganassi, a fabricante norte-americana tenta voltar aos tempos de glória em Le Mans e bater novamente a Ferrari, como fez durante quatro anos seguidos na pista francesa – entre 1966 e 1969, com uma trifeta na primeira.
Durante a temporada, a equipe terá dois carros, contingente que será dobrado nas 24 Horas de Le Mans - promovendo a estreia de Scott Dixon, atual campeão da Indy, na prova francesa.
6 Horas do México
Após três temporadas com o Brasil sendo sede da etapa latino-americana do WEC, em 2015 os latino-americanos não tiveram por perto as máquinas do Mundial de Endurance. Em 2016, entretanto, a situação é diferente.
No dia 3 de setembro, o reformado autódromo Hermanos Rodríguez – que voltou a receber a Fórmula 1 no ano passado – será o palco das 6 Horas do México, quinta etapa da temporada.
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