Mesmo com Dakar “bem diferente”, brasileiro não perde esperança de bi: “É a última que morre”
Em entrevista exclusiva, Reinaldo Varela destacou as principais dificuldades da edição 2020 do Dakar: pedras e furos de pneus
O piloto Reinaldo Varela e o navegador Gustavo Gugelmin não têm tido o Dakar dos sonhos, nesta edição 2020. Atualmente a dupla brasileira ocupa a 13ª posição na classificação geral do rali, a 4h11min20s do líder dos UTVs, ‘Chaleco’ Lopez Contardo.
Campeão de 2018, ainda na América do Sul, Varela aproveitou o dia de folga do Dakar para fazer um balanço de como o rali está se apresentando até o momento.
“Esse rali tem se apresentado bem diferente”, disse Varela com exclusividade ao Motorsport.com. “A primeira parte foram as pedras, uma coisa fora do comum. Nunca tinha visto tantos competidores pararem.”
“O número de pneus que furam é maior do que se carrega de estepes. Os carros carregam três e eles se veem sem condições de continuar, tendo que esperar pela ajuda externa ou pegar emprestado de alguém, ou seja, quatro furos no mínimo a cada estágio. Os UTVs carregam apenas dois, muitos acabaram ficando no meio do caminho quando estouraram três pneus.”
“Então essa foi a principal característica dessa primeira parte. Não foi medido nada, só aqueles pneus que aguentaram mais, ou a sorte de bater em uma pedra ou não.”
“Nos dois últimos dias ficou um pouco melhor, começaram as dunas, menos pedras, então já ficou um Dakar mais prazeroso.”
Se vendo na iminência de perder um pneu e sem reposição, o ritmo do estágio acaba comprometido, admitiu Varela.
“Quando furávamos dois pneus, você tinha que andar bem devagar para não furar o terceiro, senão você ficava esperando o caminhão, que demora muito tempo. Tivemos três probleminhas também. Duas barras e o volante, mas são coisas de rali.”
Sem tantas pedras pelo caminho, Varela se mostrou mais otimista com a segunda metade do Dakar, a partir deste domingo.
“Vamos começar a ver a estratégia de um modo que possamos chegar bem, ganhar algumas especiais. Para chegar na ponta, só se todo mundo tiver os problemas que nós tivemos. Mas o rali ainda está na metade.”
“A esperança é a última que morre”, concluiu.
Confira imagens de Varela e Gugelmin no Dakar 2020
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